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Top Picks: Redução de imposto do aço terá efeito marginal sobre construtoras 

Segundo especialistas, a medida anunciada pelo governo nesta semana não será suficiente para dar fôlego às ações das empresas do setor de construção civil

13 mai 2022 - 21h10
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A medida do governo anunciada nesta semana que reduz a alíquota do imposto de importação do vergalhão de aço de 10,8% para 4% não será suficiente para dar fôlego às ações das empresas do setor de construção civil. Na opinião de analistas consultados pelo Broadcast, a medida ajuda a reduzir a pressão de custos, mas é apenas um componente da lista extensa de aumentos registrados nos últimos meses que estão impactando as margens. A avaliação é que o efeito tende a ser marginal nos resultados, uma vez que o aço longo representa entre 5% e 7% dos custos.

A combinação de inflação e juros em alta tem um peso maior do que o alívio que a medida pode trazer. Isso porque a perda do poder aquisitivo do consumidor, junto com o crédito mais caro e o desemprego, afetam diretamente a demanda por imóveis. E o cenário, que é agravado este ano ainda pelo processo eleitoral, não dá mostras de mudar no curto e médio prazos.

Por isso, segundo Gustavo Caetano, analista de construção do Inter, espera-se que o prêmio de risco dos papéis permaneçam elevados, e essas empresas devem apresentar um certo grau de volatilidade na bolsa.

Os analistas ponderam que algumas companhias devem conseguir superar melhor a conjuntura desafiadora. Caetano aponta que as empresas com maior valor de mercado podem ser algumas delas em razão do histórico de resiliência e balanços mais sólidos.

Afora isso, para aquelas que atuam no segmento de baixa e média renda, de acordo com o estrategista de ações da Santander Corretora, Ricardo Peretti, as discussões envolvendo o aumento da curva de subsídios do programa Casa Verde e Amarela podem ser um catalisador importante. "Além disso, iniciativas de diversificação também podem guiar a recuperação", acrescenta.

Fernando Siqueira, head de research da Guide Investimentos, enfatiza que, diante da avaliação negativa das empresas do setor, a corretora dá preferência às administradoras de shopping no momento, que podem entregar melhores números com o retorno do fluxo de consumidores aos centros de compra.

Já o analista de investimentos do Daycoval, Gabriel Augusto Mollo, acredita que as companhias podem iniciar uma recuperação apenas no segundo semestre, à medida que os indicadores econômicos começarem a melhorar e animarem os investidores.

Quando esse momento chegar, na opinião de Fernando Damasceno, analista sênior do Modalmais, pode haver uma corrida às várias empresas que estão com preços mais descontados na bolsa.

Com relação às recomendações de Top Picks para a próxima semana, a Ativa manteve Cosan ON, Marfrig ON, Lojas Renner ON e Vale ON em sua carteira e trocou apenas BRF ON por Santander Unit.

O BB Investimentos trocou três ações: Alpargatas PN, Petrobras PN e Taesa Unit por Guararapes ON, Magazine Luíza ON e Vale ON. E deixou Bradesco PN e Suzano ON.

A CM Capital substituiu apenas uma ação. Saiu Eletrobras ON e entrou Taesa ON. Permaneceram Itaú PN, JBS ON, Petrobras PN e Sabesp ON.

A Guide optou por permanecer com Banco do Brasil ON, Marfrig ON, Petrobras PN e Vale ON e trocou Movida ON por Multiplan ON.

A Mirae Asset fez apenas duas mudanças. Saíram BB Seguridade ON e Itaú PN para entrar CSN ON e Petrobras PN. Permaneceram: Banco do Brasil ON, Isa Cteep PN e Vale ON.

A MyCap trocou Even ON e Porto Seguro ON por Alupar ON e Ambipar ON e deixou na carteira CSN ON , Klabin Unit e Marfrig ON.

A Órama ficou apenas com CPFL ON e Petrobras PN para a próxima semana. E substituiu EDP ON, Kepler Weber ON e Orizon ON por CVC ON, São Martinho ON e Via ON.

A Planner manteve Ferbasa PN em sua carteira. Entraram Localiza ON, Log Commercial ON, Marfrig ON e Usiminas PNA no lugar de Ânima ON, Camil ON, Fleury ON e Oi ON.

Estadão
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