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Top Picks: Real desvalorizado e China devem continuar impulsionando resultados da Vale

Especialistas apontam que dólar alto e recuperação da economia chinesa favorecem a mineradora, mas que o setor de siderurgia ainda deve ser visto com cautela

7 ago 2020 - 21h10
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Depois dos resultados da Vale e das siderúrgicas referentes ao segundo trimestre de 2020, os analistas se mostram otimistas com as perspectivas para as empresas, especialmente para a mineradora. Segundo os profissionais do mercado, o patamar do dólar frente ao real não deve mudar muito no curto prazo, talvez nem no médio prazo, o que favorece as receitas das empresas com exportações, e a recuperação da atividade econômica na China, especialmente das indústrias, deve servir de suporte para os resultados nos próximos trimestres.

Enrico Cozzolino, analista do Daycoval Investimentos, afirma que continua tão otimista com a Vale quanto estava no final de 2019, inclusive pela expectativa de pagamento de dividendos, já anunciado pela mineradora. Ele também via o preço da ação muito descontado em relação aos pares globais, mesmo após o início da pandemia.

"Um movimento que reafirmou o viés positivo para o papel foi a alta do minério de ferro este ano, que pode ser entendida até como um movimento de fuga de risco. Mesmo com a atividade econômica mais enfraquecida, aumentar os estoques da commodity pode ser uma alternativa de alocação de capital, já que diferente do petróleo, por exemplo, não se estuda nenhuma substituição o seu uso", explica Cozzolino.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, também se mostra otimista em relação à Vale, mas aponta algumas questões que merecem atenção nas siderúrgicas, principalmente em Usiminas e CSN. "Em Usiminas, acreditamos que o diferencial negativo entre o preço do aço no exterior e no País continuará pressionando os resultados da divisão de siderurgia, mesmo os dados de alta frequência mostrando melhoras. Ademais, a empresa negocia com EV/Ebitda esticado", explica.

"Sobre CSN, a alavancagem é o que mais nos preocupa. A empresa possivelmente terá que se desfazer de algumas unidades e isto pode prejudicar a recorrência dos fluxos de caixa futuros", diz Arbetman. A preferida da Ativa no segmento é a Gerdau, que segundo o analista, apresentou um sólido resultado do segundo trimestre, especialmente nas operações brasileiras, e deve ser beneficiada pelo câmbio no curto prazo.

Entre as carteiras recomendadas, nesta semana a Coluna tem a estreia da Necton Investimentos, que recomenda Bradesco PN, Vale ON, Via Varejo ON e Vivara ON, além do ETF Small Caps.

A Modalmais alterou toda sua lista, composta por CCR ON, Duratex ON, Fleury ON, Raia Drogasil ON e Randon PN. Em sua carteira para agosto, a Genial Investimentos fez uma alteração, trocando Eneva ON por Lojas Americanas PN.

A Guide fez três mudanças em sua carteira semanal, inserindo Cogna ON, Itaúsa PN e Lojas Americanas PN nos lugares de B3 ON, Duratex ON e Minerva ON. Quem também fez três trocas foi a MyCap, com as saídas de JHSF ON, PetroRio ON e Unidas ON para as entradas de BRF ON, Duratex ON e Petrobrás PN.

O Santander fez duas trocas, tirando Cesp PNB e Yduqs ON para a inclusão de Ambev ON e Engie ON. A Ativa também trocou dois ativos, saindo Equatorial ON e Alpargatas PN para as entradas de BRF ON e PetroRio ON.

Por fim, a Planner fez uma alteração, trocando Fleury ON por Aliansce Sonae ON. A Mirae retirou Vale ON para colocar Cyrela ON. E a XP Investimentos trocou Gerdau PN por Ambev ON.

Estadão
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