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Top Picks: Em bom momento para exportadores de carne, analistas preferem a JBS

Entre as recomendações, a Mirae fez o maior número de alterações, com quatro trocas. Entraram Petrobras PN, Copasa ON, MRV ON e CTEEP PN

28 set 2019 - 04h11
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O momento é muito positivo para as empresas processadoras de proteína animal, por conta principalmente dos problemas enfrentados pela China, com a peste suína africana, e a proximidade do acordo entre Mercosul e União Europeia. E entre as companhias listadas na Bolsa, a maioria dos analistas tem preferência pela JBS.

Para Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, além da maior demanda da China, há a perspectiva de aumento da procura também no mercado doméstico, a partir do próximo ano. "As exportações para a China serão crescentes, já que o mercado asiático ainda demora alguns anos para se recuperar. Mas aqui o cenário também deve melhorar, com a esperada retomada da economia", explica.

Sobre as ações, a preferida da Mirae é JBS. "Ela apresenta baixo nível de endividamento, possui unidades de suínos nos EUA e capitalizada, poderá até comprar plantas adicionais para atender esta demanda na China".

André Ferreira, da MyCap, observa que dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) demonstram um aumento da eliminação de suínos contaminados na Ásia, além de expansão dos focos da doença no território. Ele lembra que a crise já dura um ano, e parece só se agravar.

"Com isso, o setor frigorífico brasileiro vai ganhando mercado, tendo que suprir as necessidades do mercado asiático. Empresas veem suas exportações aumentando, assim como suas receitas, dado o aumento das cotações de carne bovina, de frango e suína, subindo no mercado mundial", explica Ferreira. A MyCap também aponta a JBS como sua preferida.

Ricardo Peretti, estrategista de pessoa física do Santander, acredita que a situação continuará favorável no médio prazo. "Como os impactos da doença ainda estão sendo contabilizados na região, acreditamos que os produtores chineses levarão cerca de 1 ano e meio a 2 anos para recompor o nível de oferta anterior, o que abre espaço para o crescimento das exportações brasileiras". Ele lembra que os preços também estão em alta, aumentando a margem. A preferência do banco também é pela JBS, mas Peretti aponta BRF também como uma boa opção.

Quem também chama atenção para a BRF é a Guide Investimentos. Segundo o analista Luis Sales, os impactos do atual cenário serão positivos para todas as empresas. Mas no caso de BRF, avalia que o preço da companhia na bolsa ainda não reflete todo potencial que a empresa pode capturar com os preços elevados e a demanda aquecida. "Além disso, internamente a companhia começa a mostrar os primeiros resultados da reestruturação financeira e operacional".

O economista-chefe do Modalmais, Alvaro Bandeira, lembra que a JBS acumula valorização de 182% em 2019 e a Marfrig de 100%, enquanto a BRF tem alta de 81%.

Entre as recomendações, a Mirae fez o maior número de alterações, com quatro trocas. Entraram Petrobras PN, Copasa ON, MRV ON e CTEEP PN. A Guide fez três mudanças, inserindo Banco do Brasil ON, Braskem PNA e Kroton ON.

A Nova Futura também fez três alterações, colocando Itaú Unibanco PN, Sabesp ON e Suzano ON. A MyCap mudou duas recomendações, com inclusão de CCR ON e Braskem PNA. A Terra Investimentos fez uma alteração, com a entrada de Via Varejo ON. E a XP também fez uma mudança, trocando Marfrig ON por BRF ON.

Estadão
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