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Tesouro traz alívio e juros longos fecham com alta moderada ou em queda

30 mai 2018 - 17h20
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Os juros futuros desaceleraram a alta forte mostrada na maior parte do dia e alguns contratos até fecharam com taxas em ligeira queda. Numa quarta-feira, 30, de muita volatilidade no segmento de renda fixa, o estopim para a melhora do mercado foi o anúncio da continuidade do programa de leilões extraordinários de recompra de Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F) e também a suspensão dos leilões de vendas de títulos na próxima semana. Nos longos, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025, que na máxima chegou a 11,76%, fechou em 11,29%, de 11,25% no ajuste de terça-feira. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 10,61% para 10,58% e a do DI para janeiro de 2021 terminou em 8,89%, de 8,95%. Nos prazos curtos e intermediários, a taxa do DI para janeiro de 2019 fechou em 6,795%, de 6,778% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2020 ficou estável em 7,77%. Segundo profissionais da área de renda fixa, os leilões de recompra têm sido importantes para dar saída a investidores que não conseguem negociar papéis no mercado secundário no atual contexto de incerteza nos mercados, o que vinha resultando em forte inclinação da curva a termo. Por isso, o prolongamento da estratégia para os próximos dias trouxe algum alívio para a curva. Haverá extraordinários em 1º, 4 e 5 de junho para recompra de NTN-F 1/1/2025, 1/1/2027 e 1/1/2029. Os leilões tradicionais de LTN, NTN-F e LFT previstos para 7 de junho serão cancelados. Até o anúncio do Tesouro, em entrevista coletiva por volta das 15h30, as taxas longas disparavam em meio aos receios dos efeitos da greve dos caminhoneiros para a economia, principalmente fiscais, e na eleição presidencial. O movimento está se dissipando, mas outra paralisação, a dos petroleiros, está começando, e a percepção é de que essas greves deixarão marcas fortes na economia. As contas fiscais ficarão ainda mais pressionadas pelo aumento da despesa com subsídios e perda de receitas com a arrecadação, já que a economia deve se enfraquecer ainda mais. O dia também foi marcado por uma série de revisões para baixo para o PIB deste ano, algumas já na casa de 1%. No período da tarde, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou que, até 14 horas, 25 das 45 plataformas da bacia de Campos haviam aderido à greve de 72 horas da categoria, iniciada à zero hora desta quarta.

Estadão
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