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Tesouro continuará com leilões extraordinários de títulos na próxima semana

O subsecretário da Dívida Pública, José Franco Morais, afirmou que Tesouro continuará com leilões diários de recompra e venda de títulos públicos na próxima semana

8 jun 2018 - 17h01
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O subsecretário da Dívida Pública, José Franco Morais, disse que o Tesouro Nacional continuará fazendo leilões extraordinários diários de recompra e venda de títulos públicos na próxima semana. Até o fim de junho, o programa de leilões extraordinários de recompra líquida continuará, mas, na próxima sexta-feira, será reavaliada a necessidade de que eles sejam diários. "Podemos estender programa além de junho se for necessário", afirmou. Na semana que vem, continuam cancelados os leilões tradicionais de venda de títulos.

Franco disse ainda que o Tesouro continuará agindo enquanto a volatilidade do mercado durar. "O caixa da dívida é bastante confortável, temos tranquilidade de permanecer o tempo que for sem leilões de venda e com os leilões de recompra líquida", acrescentou Franco. "Se cenário permanecer durante todo o ano, poderíamos fazer mudança mais radical nas emissões".

"Podemos estender programa além de junho se for necessário", afirmou
"Podemos estender programa além de junho se for necessário", afirmou
Foto: Divulgação / Estadão

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse ainda que, se necessário, os leilões de recompra poderão ser maiores do que o patamar de R$ 1,5 bilhão que vem sendo praticado. A avaliação, no entanto, é que isso não é necessário por enquanto. "Estamos constantemente monitorando as condições de mercado, e os volumes serão definidos antes da abertura do mercado", completou Franco.

Franco acrescentou, no entanto, que, mesmo com o colchão da dívida suficiente para cobrir até nove meses de vencimentos, é "impensável" uma situação em que o Tesouro não faça mais emissões. "Tem uma parcela do mercado insistindo para que Tesouro volte a emitir títulos", afirmou.

Apesar da mudança na estratégia do Tesouro, Franco disse que a expectativa do Tesouro é de respeitar os intervalos estabelecidos no Programa Anual de Financiamento (PAF), mas disse que, se for necessário alterá-lo, isso será feito "sem problema algum".É o PAF tem que sempre que se adequar às condições de mercado, não o contrário", acrescentou.

A ideia do órgão é dar maior previsibilidade à realização dos leilões, que vinham sendo anunciados com três dias de antecedência. "Previsibilidade nas ações do Tesouro Nacional reduzem incertezas e volatilidade", completou.

Ele acrescentou que, desde ontem, o Tesouro Nacional está divulgando a demanda relativa aos leilões extraordinários para dar maior transparência, o que ajuda o mercado a precificar melhor os ativos.

Desde o início do programa de recompra, em 28 de maio, o Tesouro Nacional recomprou R$ 4,3 bilhões em títulos em nove leilões. Nos últimos dois leilões, quando foram feitas ofertas de venda, o Tesouro.

Estadão
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