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Tereza Cristina cobra informações de frigoríficos antes de viajar à China

Ministra da Agricultura irá se reunir com compradores asiáticos em maio; segundo ela, quem não enviar informações 'vai ficar de fora'

16 abr 2019 - 18h55
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fez uma cobrança incisiva a frigoríficos sobre as informações que precisa levar para negociar com compradores asiáticos, com os quais se reunirá em maio. Em um vídeo gravado durante reunião com o setor, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, a ministra disse que quem não mandar em tempo hábil os questionários solicitados pelos chineses "vai ficar de fora".

Em tom enfático, ela afirmou que a cadeia precisa se reunir e a indústria de carnes deveria ter uma única associação, sem distinção entre pequenos e grandes frigoríficos. Tereza Cristina citou a "briga" entre a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), reclamou que não há "organização" no setor e que existem "vaidades que não vão levar ninguém a lugar nenhum".

Questionado pela reportagem, o Ministério da Agricultura afirmou em nota que a gravação foi feita de forma furtiva, sem autorização da ministra, durante uma reunião oficial em seu gabinete com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). "Ela estava apenas cobrando, de forma enfática, clareza e transparência dos produtores rurais no envio de informações indispensáveis para o ministério encaminhar às autoridades chinesas, na viagem da ministra àquele país, em maio", justifica a pasta no comunicado. A ministra defendeu, no encontro, mais união entre as duas associações que representam os frigoríficos, informa.

Procurada, a Abrafrigo afirmou em nota que o "assunto é uma situação já superada". Na mesma linha, a Abiec informou que não vai se manifestar sobre o vídeo. Fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast dizem que as duas entidades têm se relacionado. Inclusive, nesta terça-feira teria havido um encontro "amistoso" entre o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, e o presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar. "As duas associações são legítimas e trabalham com algumas pautas distintas, por isso não houve unificação", justificou a fonte.

Estadão
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