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Tensões comerciais e piora em estimativas do FMI derrubam Wall Street

9 abr 2019 - 17h24
(atualizado às 18h33)
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Os principais índices de ações em Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira, sob o peso de papéis do setor industrial, sensíveis às questões comerciais, com a intensificação de tensões entre os EUA e seus parceiros comerciais europeus.

Operadores na Bolsa de Valores de Nova York
09/04/2019
REUTERS/Brendan McDermid
Operadores na Bolsa de Valores de Nova York 09/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

O movimento também foi ditado por decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de reduzir a perspectiva para o crescimento econômico global.

O índice Dow Jones caiu 0,72 por cento, para 26.150,58 pontos. O S&P 500 perdeu 0,61 por cento, para 2.878,20 pontos, pondo fim a uma série de oito altas. E o Nasdaq cedeu 0,56 por cento, para 7.909,28 pontos.

Nove dos 11 principais setores do S&P 500 caíram, com destaque para o índice do segmento industrial, em baixa de 1,4 por cento.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que imporá tarifas de importação sobre 11 bilhões de dólares em produtos europeus, aumentando as tensões em relação aos subsídios aéreos que ameaçam se transformar em uma guerra comercial mais ampla.

"A tarifa europeia pegou as pessoas de surpresa, num momento em que estávamos trabalhando com as questões (de comércio) da China", disse Peter Tuz, presidente do Chase Investment Counsel.

Disputas comerciais, juntamente com a saída potencialmente confusa do Reino Unido da União Europeia (UE), levaram o FMI a cortar suas previsões de crescimento econômico global e alertar sobre o risco de novas reduções.

"Com o FMI...você está recebendo dois pontos de dados que indicam que o crescimento pode perder mais fôlego nos próximos meses", acrescentou Tuz. "Isso dá a algumas pessoas razão suficiente para tirar dinheiro da mesa."

"(Mas) estamos no limite da temporada de balanços, o que pode mudar tudo."

A temporada de resultados corporativos do primeiro trimestre começa para valer nesta semana, com os resultados da Delta Airlines na quarta-feira e os balanços de JPMorgan Chase e Wells Fargo na sexta-feira.

Analistas estima que a safra de balanços de empresas dos EUA mostrará a primeira queda anual dos lucros desde 2016. O declínio previsto é de 2,5 por cento, segundo a Refinitiv.

As ações da Boeing intensificaram a queda e fecharam em baixa de 1,5 por cento, após a empresa reportar recuo nas entregas de aeronaves, fato relacionado à manutenção em solo de seus jatos 737 MAX.

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