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Temores com Evergrande impulsionam onda de venda de ações de setor na China

16 set 2021 - 12h59
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Uma onda de vendas de ações do setor imobiliário da China se intensificou nesta quinta-feira, em meio a preocupações com os efeitos de uma campanha oficial do governo para controlar o setor e em meio às turbulências com o China Evergrande Group.

O índice Lippo Select HK & Mainland Property recuou 4,9%, para fechar em seu nível mais baixo em mais de quatro anos, segundo o FactSet. O quadro nesses papéis pesou para o índice Hang Seng fechar em baixa de 1,46%, em 24.667,85 pontos, o nível mais baixo de fechamento em todo o ano atual.

O índice Lippo Select é formado por 52 ações, a maioria delas sediada na China continental. Incluindo o movimento de hoje, ele já recuou 23% em 2021, com Pequim pressionando incorporadoras em uma tentativa de fazer o mercado imobiliário desacelerar.

Alguns investidores temem que o esforço por desalavancagem de Pequim deixe mais incorporadoras com problemas. Isso poderia prejudicar companhias associadas de gerenciamento de imóveis, afirma o analista Lung Siufung, da CCB International Securities. Dados da quarta-feira que apontaram também para fraqueza no setor imobiliário foram outro elemento para o recuo dos papéis, aponta ainda ele.

O fato de Pequim até agora não oferecer ajuda à Evergrande exacerba a ansiedade, acrescenta o analista. Autoridades chinesas, porém, não devem permitir uma resolução desordenada de dívidas do setor.

Na terça-feira, a Evergrande informou ter contratado assessores financeiros, aproximando-se de uma potencial reestruturação da dívida.

Estadão
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