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Tarifas e questões de aplicação ainda são obstáculos para acordo comercial, diz Câmara de Comércio dos EUA

2 abr 2019 - 14h45
(atualizado às 15h30)
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As chances de um acordo entre Estados Unidos e China estão aumentando, mas as negociações desta semana são "essenciais" para resolver as persistentes diferenças quanto a um mecanismo de fiscalização e um plano para elevar as tarifas norte-americanas sobre os produtos chineses, afirmou nesta terça-feira uma autoridade da Câmara de Comércio dos EUA.

Myron Brilliant, chefe de assuntos internacionais da Câmara de Comércio dos EUA, em reunião em Pequim
19/02/2019
Wu Hong/Pool via REUTERS
Myron Brilliant, chefe de assuntos internacionais da Câmara de Comércio dos EUA, em reunião em Pequim 19/02/2019 Wu Hong/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Myron Brilliant, chefe de assuntos internacionais da Câmara, disse a repórteres que o grupo de lobby internacional não espera que um acordo seja anunciado nesta semana e que os dois lados precisam fazer progressos significativos, ou o prazo para chegar a um consenso não será cumprido.

"Estamos chegando no ponto em que está claro que ambos os governos querem um acordo. Os presidentes querem um acordo, e eles precisam terminar algumas questões. Esta é uma semana crítica", disse Brilliant a repórteres antes de nova rodada de discussões a partir de quarta-feira.

O vice-presidente da China, Liu He, está em Washington poucos dias depois de concluir negociações na semana passada em Pequim. Ele se reunirá com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, para tentar resolver as exigências norte-americanas de que a China faça mudanças radicais nas políticas de proteção à propriedade intelectual, transferência de tecnologia, subsídios industriais e acesso a mercados.

O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses nos últimos nove meses, e Brilliant disse que a remoção dessas tarifas é importante tanto para Pequim quanto para a comunidade empresarial dos EUA.

Mas o governo Trump e as empresas norte-americanas querem que questões estruturais de propriedade intelectual e economia de mercado sejam abordadas, uma maneira de garantir que a China cumpra suas promessas, disse Brilliant. Ele acrescentou que é improvável que a China concorde com um mecanismo de aplicação que inclua a reimposição de tarifas unilaterais dos EUA sem que as atuais tarifas sejam removidas.

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