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Suzano tem prejuízo de R$ 3,460 bilhões no 3º trimestre

31 out 2019 - 19h29
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A Suzano Papel e Celulose registrou prejuízo líquido de R$ 3,460 bilhões no terceiro trimestre de 2019, ante lucro líquido de R$ 1,022 bilhão reportado um ano antes e de R$ 700 milhões alcançado no trimestre imediatamente anterior. Em comentários que acompanham o informe de resultados, a empresa explica que a queda expressiva no comparativo anual se deve principalmente ao maior impacto da variação cambial no resultado financeiro, a partir da conversão da dívida bruta em dólar (94% atrelada ao dólar) para real e do efeito do câmbio sobre os instrumentos de hedge.

O menor resultado operacional, acrescenta a companhia, também pesou na última linha do balanço no comparativo anual, com destaque para a queda da receita líquida, com impactos de preço da celulose e no volume vendido.

Frente ao segundo trimestre, a variação está mais concentrada no resultado financeiro negativo, em grande parte explicado pela variação cambial sobre a dívida e instrumentos de hedge, contra um resultado financeiro positivo no trimestre anterior.

Entre julho e setembro, o Ebitda ajustado da Suzano ficou em R$ 2,396 bilhões, com queda de 56% no comparativo anual, diante do menor preço líquido da celulose em dólar (-29%); pela redução do volume vendido de celulose (-12%); e maior custo caixa de produção. Já em relação ao segundo trimestre foi registrado recuo de 23% no Ebitda ajustado, também refletindo queda no preço líquido da celulose em dólar no período e maior CPV base caixa ex-Klabin (impacto com paradas e efeito de giro dos estoques). Entre julho e setembro, o preço médio líquido de celulose no mercado externo caiu 17%, para US$ 526/tonelada.

A receita líquida somou R$ 6,6 bilhões no terceiro trimestre, queda de 33% em relação ao mesmo período de 2018 e retração de 1% em relação ao segundo trimestre de 2019.

No comparativo anual, o resultado financeiro líquido da maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo saltou de um saldo negativo de R$ 2,791 bilhões para R$ 6,493 bilhões. Entre outros fatores, as variações cambiais e monetárias impactaram negativamente o resultado financeiro da companhia em R$ 3,685 bilhões no trimestre em função da apreciação de 9% do dólar de fechamento frente ao real sobre a parcela da dívida em moeda estrangeira (73% da dívida total).

Estadão
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