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Ericsson investirá R$1 bi para desenvolver 5G no Brasil, diz executivo

25 nov 2019 - 17h27
(atualizado às 20h15)
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A fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações Ericsson planeja investir 1 bilhão de reais para ampliar sua fábrica em São José dos Campos (SP), desenvolvendo uma nova linha de montagem exclusivamente dedicada a produtos de tecnologia 5G que serão fornecidos para toda a América Latina.

Homem trabalha em iluminação de evento Mobile World Congress em Xangai, em junho. A Ericsson planeja investir R$1 bilhão para ampliar sua fábrica em São José dos Campos (SP). 
REUTERS/Stringer
Homem trabalha em iluminação de evento Mobile World Congress em Xangai, em junho. A Ericsson planeja investir R$1 bilhão para ampliar sua fábrica em São José dos Campos (SP). REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

O movimento deve acirrar a competição com a finlandesa Nokia Oyj e a chinesa Huawei Technologies [HWT.UL], que também têm fábricas em São Paulo e estão na corrida para liderar a implantação do 5G no Brasil.

"Já exportamos 40% do que é montado em nossa fábrica do Brasil para os países da América Latina e com o 5G não vai ser diferente. Essa linha de montagem vai servir Brasil e todos os países da América Latina", disse Eduardo Ricotta, presidente da Ericsson Latam South, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira.

O investimento será realizado entre 2020 e 2025 e inclui o custo de contratação e aquisição de máquinas, entre outras despesas, acrescentou o executivo.

Inicialmente, a empresa sueca gastará 200 milhões de reais para instalar a nova linha de montagem, disse Ricotta. "Nosso planejamento é que partir do terceiro trimestre de 2020 essa nova linha de montagem esteja funcionando, mas vamos equilibrar essa data de acordo com o leilão de 5G."

A agência reguladora Anatel ainda está determinando as regras para o leilão 5G, que foi inicialmente agendado para março do próximo ano, mas depois adiado, pois ainda estão em andamento testes de interferência em outros serviços.

"Sempre nos planejamos esperando um pouco de desvio na questão do timing do investimento. Mas acreditamos que o momento correto é agora, já que essa fábrica servirá também outros mercados na região", afirmou Ricotta, sem divulgar os principais destinos.

Contudo, se o governo brasileiro adiar o leilão de 5G para 2021, a Ericsson estima uma perda de cerca de 25 bilhões de reais aos cofres públicos entre 2021 e 2025, segundo relatório divulgado no começo de outubro, que cita perdas em impostos com vendas de equipamentos, celulares, além de investimentos.

Em geral, a empresa estima que a implantação do 5G no Brasil deverá gerar 10 bilhões de reais em investimentos diretos e abertura de mais de 200 mil vagas de trabalho em todo o país, segundo o levantamento.

O investimento da Ericsson em uma nova linha de montagem para 5G no Brasil surge mais de três meses depois que a rival Huawei anunciou planos de construir uma fábrica de smartphones de 800 milhões de dólares também em São Paulo nos próximos três anos, em um esforço para aumentar sua presença na América Latina enquanto enfrenta objeções do governo norte-americano.

Segundo Ricotta, 23 das redes 5G já em operação estão usando a tecnologia da Ericsson e o grupo assinou 80 acordos em todo o mundo.

"Somos o único fabricante que tem redes 5G funcionando em todos os continentes e são redes de grande porte, principalmente nos Estados Unidos", afirmou.

Em seu relatório de mobilidade divulgado nesta segunda-feira, a Ericsson projeta que o 5G cobrirá 65% da população mundial até 2025, atingindo 2,6 bilhões de assinaturas.

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