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SoftBank investe em startup de reformas

17 set 2019 - 12h17
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Especializada na venda de móveis e material de construção, a startup curitibana MadeiraMadeira é a mais nova empresa brasileira a receber um investimento do grupo japonês SoftBank. Fundada em 2009 como um site de comércio eletrônico, a empresa receberá um aporte de US$ 110 milhões, liderado pelos japoneses e com a participação dos fundos americanos LightStreet Capital e Flybridge Capital.

Um dos maiores investidores do mundo em startups de tecnologia, com empresas como Uber, Alibaba e WeWork em seu portfólio, o SoftBank tem movimentado o mercado brasileiro nos últimos meses. Em março, anunciou a criação de um fundo de US$ 5 bi voltado para startups latinas.

Desde então, já aportou mais de US$ 1 bilhão em nomes como a colombiana Rappi e as brasileiras Banco Inter, Creditas, Loggi, Gympass e QuintoAndar - as três últimas se tornaram unicórnios (startups avaliadas acima de US$ 1 bi) com os investimentos dos japoneses. O investimento na MadeiraMadeira chama a atenção por ser feito em uma empresa pouco conhecida, mas faz sentido para os especialistas. "A MadeiraMadeira não é só um e-commerce. Ela evoluiu nos últimos anos, tornando-se também uma empresa de tecnologia e gestão para o setor de móveis e construção civil", avalia Felipe Matos, autor do livro 10 Mil Startups.

Segundo Paulo Passoni, sócio de investimentos do fundo SoftBank na América Latina, o grupo japonês poderá apoiar a startup em áreas como logística e experiência do cliente. "A MadeiraMadeira está em posição única para liderar a transformação digital de uma indústria", disse, em nota.

Para Matos, a jogada do SoftBank foi ousada: "O investimento é uma aposta no reaquecimento da construção civil no Brasil, que vem se recuperando de uma forte crise", diz.

Discreta

Fundada pelos irmãos Marcelo e Daniel Scandian, junto com Robson Privado, a MadeiraMadeira tem uma trajetória discreta até aqui, mas com bons números: a empresa já levantou US$ 38,8 milhões em aportes, de fundos tradicionais do ecossistema local, como Kaszek e Monashees.

Hoje, tem um catálogo de aproximadamente 1 milhão de itens, entre móveis e materiais de construção. Além de vender produtos, a MadeiraMadeira trabalha com os fabricantes e também oferece soluções de gestão e logística para os parceiros, em um modelo de negócios com diversas fontes de receita.

Segundo o presidente executivo Daniel Scandian, os recursos recebidos no aporte desta terça-feira serão utilizados para turbinar áreas como logística e serviços financeiros. "Lidamos com produtos grandes e pesados. Queremos desenvolver essa cadeia para ganhar velocidade e eficiência", diz.

Há mais por vir: além de investir na área de logística, a empresa pretende criar trazer novos serviços para a plataforma - há cerca de duas semanas, por exemplo, lançou um serviço de crédito ao consumidor que busca construir ou reformar. "Teremos uma solução completa: no futuro, queremos oferecer serviços de montagem e instalação, bem como seguros residenciais", diz Scandian. O executivo também pretende reforçar a área de tecnologia, onde estão 200 de seus 650 funcionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão
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