SoftBank deve reportar lucro modesto no 1º tri fiscal, com potencial recompra em foco
O SoftBank Group, do Japão, deve reportar um lucro modesto para o primeiro trimestre fiscal na quarta-feira, embora os investidores estejam atentos para saber se o gigante dos investimentos em tecnologia vai anunciar uma grande recompra de ações ou sinalizar sua disposição em embarcar em uma.
Os resultados chegam em meio a muita turbulência no mercado, especialmente para large caps japonesas e para grandes empresas de tecnologia -- das quais o SoftBank é ambas -- afetadas pela grande reversão das operações de carry trade em ienes e pelos temores de recessão nos Estados Unidos. Suas ações caíram quase 20% na segunda-feira, mas recuperaram quase metade dessas perdas na tarde desta terça-feira.
O presidente-executivo do SoftBank, Masayoshi Son, tem enfrentado este ano um clamor renovado dos investidores para que a empresa recompre ações, já que sua capitalização de mercado tem sido negociada com um grande desconto em relação ao valor combinado de seus ativos -- desconto que continua crescendo.
A maioria dos analistas estima o desconto em cerca de 60%, ante 53% no final de março e 36% no final de junho de 2023.
O investidor ativista Elliott Management, em particular, tem solicitado um programa de recompra de ações no valor de 15 bilhões de dólares, após reconstruir uma participação no valor de mais de 2 bilhões de dólares, disse uma fonte familiarizada com o assunto em junho.
Desde então, vários analistas também têm feito esse pedido, com alguns ressaltando que a turbulência do mercado desta semana provavelmente resultou em uma lacuna ainda maior entre o valor de mercado do SoftBank e seu valor patrimonial líquido, reforçando a justificativa para uma recompra significativa.
A expectativa é que o lucro líquido do SoftBank tenha somado 109 bilhões de ienes (748 milhões de dólares) de abril a junho, segundo uma média de cinco estimativas de analistas compiladas pela Reuters e pela LSEG. Esse resultado marcaria o terceiro trimestre consecutivo de lucro para a empresa, versus prejuízo de 316,2 bilhões de ienes no mesmo período do ano anterior.
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