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Sindicarne diz que saída de animais do PR compromete abastecimento local

22 jan 2020 - 20h58
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São Paulo, 22/01 - O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne-PR) diz que começa a faltar boi gordo para atender o mercado local e de exportação do Estado. Isso porque, depois que o Paraná deixou de vacinar seu rebanho contra a febre aftosa, é proibida a entrada de animais de outros Estados onde a vacinação é adotada para reposição do plantel. Os frigoríficos paranaenses passaram a depender quase que exclusivamente da oferta local de bois gordos para o abate, diz a entidade. Além do Paraná, que pleiteia o status de área livre da doença sem vacinação (a Organização Mundial de Saúde Animal precisa dar esse aval), Santa Catarina é o único Estado que não vacina mais o rebanho bovino contra a aftosa.

"Há uma saída muito elevada de animais para abate do Paraná para outros estados, devido a adquirentes de outros estados que colocam na documentação fiscal que se tratam de bezerros para engorda e não de animais terminados. Com isso pagam preços menores e quase não recolhem impostos", disse, em nota, o presidente do Sindicarnes-PR, Péricles Salazar.

Segundo a entidade, antes do fim da vacinação, entravam por ano no Paraná mais de 100 mil animais para engorda ou abate e esse trânsito foi praticamente proibido. "O resultado é que essa saída irregular, que gira em torno de 50 mil animais anualmente, é que está provocando escassez de animais na oferta local porque agora o Estado depende só da sua produção interna, disse o Sindicarne.

"Nós já entramos em contato com a Secretaria da Agricultura e com a Secretaria de Fazendo solicitando a criação de uma pauta fiscal para que as saídas sejam efetivamente fiscalizadas pelo governo porque o Estado está perdendo receita de impostos e os frigoríficos estão sendo muito prejudicados. Com isso, a oferta interna certamente irá crescer", argumenta Salazar.

Estadão
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