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Shell cortará vagas e capacidade de refinaria em Cingapura

10 nov 2020 - 12h09
(atualizado às 13h33)
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A Shell reduzirá pela metade a capacidade de processamento de petróleo bruto em sua refinaria de petróleo Pulau Bukom, em Cingapura, e cortará empregos na unidade como parte de uma reforma para reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) da empresa a zero em 2050, disse a companhia nesta terça-feira.

Vista do complexo de refino da Shell em Pulau Bukom, Cingapura 
15/07/2019
REUTERS/Edgar Su
Vista do complexo de refino da Shell em Pulau Bukom, Cingapura 15/07/2019 REUTERS/Edgar Su
Foto: Reuters

A refinaria em Pulau Bukom, em um pequena ilha na cidade-Estado do Sudeste Asiático, pode processar 500.000 barris por dia (bpd) de petróleo e é a maior refinaria integralmente controlada pela Shell em todo o mundo.

A Shell lançou uma ampla revisão de seus negócios com o objetivo de cortar custos enquanto se prepara para reestruturar suas operações, reduzindo seus negócios de petróleo e gás e expandindo sua divisão de energia e energia renovável.

Em setembro, a Shell disse que planejava cortar até 9.000 empregos em todo o mundo, ou mais de 10% de sua força de trabalho.

Como parte dos planos, a Shell está reduzindo o número de unidades de refino de petróleo e petroquímicas que continuará operando de 14 para 6. Além de Pulau Bukom, as outras unidades estão no Texas, Louisiana, Alemanha, Holanda e Canadá.

"A Bukom vai mudar de uma lista de produtos à base de petróleo bruto para novas cadeias de valor de baixo carbono. Vamos reduzir nossa capacidade de processamento de petróleo pela metade e visaremos como objetivo entregar uma redução significativa nas emissões de CO2", disse Shell.

A empresa cortará 500 empregos até o final de 2023 no local, que atualmente emprega 1.300 funcionários, disse uma porta-voz da Shell.

"Faremos mudanças progressivas em nossa configuração de refino nos próximos três anos", disse ela.

A empresa anunciou em agosto que converteria sua refinaria nas Filipinas em um terminal de importação, uma vez que a unidade não é mais economicamente viável.

Em Cingapura, a Shell disse que está estudando a produção de produtos que ainda seriam viáveis após sua transição energética, como biocombustíveis e especialidades como o betume.

A Shell também disse que irá expandir sua geração solar em Cingapura, incluindo usinas de grande porte. A empresa também tem planos de construir pontos de recarga de veículos elétricos, fornecer soluções neutras em carbono para seus clientes e estudar a reciclagem de resíduos de plástico.

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