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Setor químico tem déficit comercial recorde no 1º tri com salto em importações do agronegócio e crise na Argentina

29 abr 2019 - 14h45
(atualizado às 14h53)
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A indústria de produtos químicos do país teve déficit comercial de 6,9 bilhões de dólares no primeiro trimestre, recorde para o período e aumento de quase 24 por cento no saldo negativo em relação ao apurado um ano antes, informou a associação que representa o setor, Abiquim, nesta segunda-feira.

Com o resultado, a entidade afirmou que espera novo déficit anual recorde em 2019, de mais de 32 bilhões de dólares, "levando em consideração as perspectivas de retomada do nível de atividade econômica no Brasil, a expectativa de uma safra favorável em 2019 e as dificuldades econômicas da Argentina". O recorde anterior foi definido em 2013, de 32 bilhões.

A Abiquim afirmou que o total de importações de produtos químicos no primeiro trimestre alcançou 9,9 bilhões de dólares, uma elevação de 9,9 por cento em relação ao mesmo período de 2018. Em volumes, as importações foram de 10,4 milhões de toneladas, alta de 22,5 por cento.

Segundo a entidade, os produtos químicos para a indústria agrícola do país (fertilizantes e defensivos agrícolas) tiveram aumentos de mais de 50 por cento nas importações e "foram particularmente impactantes para o incremento do valor total importado".

A Petrobras anunciou em março do ano passado fechamento de duas fábricas de fertilizantes no país, em Sergipe e na Bahia, citando perdas sofridas pela empresa com a atividade.

Já as exportações do setor químico no primeiro trimestre recuaram 12,4 por cento, para 3 bilhões de dólares, pressionadas pela crise econômica na Argentina, principal cliente do Brasil na área. Em volumes, as vendas externas somaram 3,1 milhões de toneladas, queda de 18,7 por cento sobre o primeiro trimestre de 2018.

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