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Setor de vinhos terá fundo para investir em produção e modernização, diz Tereza Cristina

De acordo com a ministra, os recursos do vinho nacional e importado virão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do imposto sobre a produção local

3 jul 2019 - 17h32
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Como antecipado pelo Estadão/Broadcast, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou que o setor de vinhos e espumantes receberá ajuda do governo nos próximos anos devido ao acordo entre Mercosul e União Europeia. "Tem um esforço internamente para que esse setor receba ajuda e assim possa se modernizar. Vamos ter a criação de um fundo para investir em produção e modernização do setor", afirmou a ministra em coletiva de imprensa.

De acordo com a ministra, os recursos do vinho nacional e importado virão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do imposto sobre a produção local. Eventualmente, o setor poderá receber recursos da União. "Se entrarem mil garrafas de vinho, o IPI sobre essas garrafas irá para o fundo e o que se paga internamente de IPI também vai para o fundo", afirmou Tereza Cristina. "Isso deve entrar em vigor o mais rápido possível", defendeu a ministra.

Tereza Cristina confirmou ajuda ao setor devido ao acordo entre Mercosul e União Europeia
Tereza Cristina confirmou ajuda ao setor devido ao acordo entre Mercosul e União Europeia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - 23/4/2019 / Estadão

O embaixador Orlando Ribeiro disse que não há um valor fechado para o fundo, porque é um "fluxo". "A gente calcula que seja bom algo em torno de R$ 150 milhões por ano para poder trabalhar e dar musculatura ao setor", disse o embaixador.

Os vinhos terão um período de oito anos de desgravação, segundo o acordo. O período de transição para espumantes é de 12 anos, com preço mínimo fixo de entrada de 8 dólares por litro. Após os 12 anos, serão zeradas as tarifas para os espumantes e começa o livre-comércio efetivamente.

França

Tereza Cristina afirmou também que a resistência da França ao acordo Mercosul-UE mostra que os produtores do país "estão temendo a nossa competitividade". "Para os brasileiros é muito bom, mostra que estão temendo nossa entrada no mercado. Eles temem a entrada do Brasil no seu mercado", avaliou.

Ela disse que a resistência é "normal e esperada" devido ao protecionismo existente na Europa, mas que todos terão que fazer algum tipo de adaptação. "Existe protecionismo na Europa em torno da carne bovina, do açúcar, do etanol", afirmou. "Assim como nós vamos ter que fazer alguma adaptação, eles também terão que fazer". A ministra calcula que o acordo deve ser ratificado em dois anos.

Estadão
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