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Setor de serviços do Brasil encolhe 0,9% no 1º trimestre

15 mai 2018 - 10h15
(atualizado às 11h02)
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A fraqueza no desempenho do setor de serviços acompanha o comportamento da economia como um todo, em que a indústria e o varejo também vêm apresentando fraqueza diante do desemprego ainda elevado e baixa confiança dos agentes econômicos no País.
A fraqueza no desempenho do setor de serviços acompanha o comportamento da economia como um todo, em que a indústria e o varejo também vêm apresentando fraqueza diante do desemprego ainda elevado e baixa confiança dos agentes econômicos no País.
Foto: Agência Brasil

O setor de serviços do Brasil recuou menos que o esperado em março, fechando o primeiro trimestre no vermelho, em mais um sinal de fraqueza da economia brasileira no início deste ano.

Em março, o volume do setor caiu 0,2 por cento em relação a fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, contra expectativa de recuo de 0,5 por cento de analistas consultados pela Reuters.

Com isso, o setor de serviços encolheu 0,9 por cento no trimestre passado sobre o período imediatamente anterior. No quarto trimestre de 2017, a atividade havia crescido 0,5 por cento.

Em relação a um ano antes, o volume de serviços em março caiu 0,8 por cento, também menor do que mostrou pesquisa Reuters, de queda de 1,5 por cento.

A fraqueza no desempenho do setor de serviços acompanha o comportamento da economia como um todo, em que a indústria e o varejo também vêm apresentando fraqueza diante do desemprego ainda elevado e baixa confiança dos agentes econômicos no País.

"Houve clara desaceleração do quarto para o primeiro trimestre em razão de segmentos como serviços prestados às famílias, serviços de informação e serviços profissionais", explicou o gerente do IBGE Rodrigo Lobo. "No caso dos serviços prestados às famílias, há um efeito de uma demanda menor por conta do mercado de trabalho e o serviço mais prejudicado é restaurantes", acrescentou.

Em março, o desempenho da atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares exerceu o maior peso, com recuo de 1,8 por cento sobre fevereiro. Também encolheram os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,8 por cento) e outros serviços (-0,4 por cento).

Serviços de informação e comunicação e serviços prestados às famílias foram as atividades que cresceram, 2,3 e 2,1 por cento, respectivamente.

As atividades turísticas mostraram avanço de 2,0 por cento em relação a fevereiro.

Apesar da inflação e dos juros permanecerem em patamares baixos, o consumo permanece contido diante de incertezas tanto econômicas quanto políticas, o que vem afetando a confiança de forma generalizada no País.

"A menor dinâmica da economia não deixa os serviços engrenarem recuperação. Se por um lado a queda dos juros ajuda no consumo, por outro afeta a receita dos serviços financeiros. O segmento tem ameaças de crescimento, mas fica só na ameaça", completou Lobo.

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