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Serviços no Brasil interrompe sequência de 3 meses de alta no volume e tem pior resultado para julho

13 set 2017 - 13h49
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O setor de serviços no Brasil frustrou as expectativas e interrompeu série de três de altas em julho, registrando o pior resultado para o mês na série, o que indica que o movimento de recuperação será gradual.

Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços registrou queda de 0,8 por cento em julho na comparação com junho, contra expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,3 por cento.

Esse foi o pior resultado para o mês de julho desde que a série foi iniciada em 2012. A última vez em que o setor registrou perdas foi em março, de 2,3 por cento.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor apresentou queda de 3,2 por cento no volume, pior do que a projeção de queda de 1,3 por cento na pesquisa.

O movimento apresentado em julho destaca que o setor de serviços ainda encontra dificuldades para apresentar uma recuperação sustentada, de acordo com o coordenador do IBGE, Roberto Saldanha, ressaltando que a recuperação da economia no Brasil deve ser gradual.

"O setor de serviços vem num movimento lento e gradual de crescimento, num patamar parecido com o da economia em geral. Não vemos essa queda (em julho) como uma reversão de tendência, é um movimento pontual de queda", disse Saldanha.

O IBGE informou que entre as principais categorias analisadas, a de Serviços prestados às famílias foi a única a crescer, com alta de 0,9 por cento.

Todos os demais segmentos apresentaram perdas no volume, com destaque para as quedas de 2,8 por cento em Outros Serviços e de 2,0 por cento em Serviços profissionais, administrativos e complementares.

Já o segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou queda de 0,9 por cento no volume em julho sobre junho.

Os serviços foram um dos destaques positivos no crescimento acima do esperado que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou no segundo trimestre, de 0,2 por cento sobre os três primeiros meses do ano.

O setor apresentou expansão de 0,6 por cento entre abril e junho sobre os três meses anteriores, num ambiente de inflação e juros em queda e sinais de estabilização do mercado de trabalho.

"Para que o setor de serviços reaja de maneira mais forte será preciso uma recuperação mais vigorosa da indústria, que vem numa sequência de alta, mas ainda suave", completou Saldanha.

A confiança no setor também avança, tendo a segunda alta consecutiva em agosto com melhora das expectativas e redução das incertezas políticas, embora a cautela ainda prevaleça em relação ao investimento.

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