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Senado dos EUA não votará novo acordo comercial da América do Norte em 2018, diz senador republicano

16 out 2018 - 13h12
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O principal senador republicano norte-americano disse nesta terça-feira que senadores não vão votar para aprovar a revisão do pacto comercial da América do Norte em 2018, deixando o assunto para a próxima legislatura.

O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse à Bloomberg Television que o Senado não terá tempo para avaliar o novo Acordo EUA-Canadá-México antes de 2019.

"Isso será assunto do ano que vem porque o processo pelo qual precisamos passar não permite que isso venha antes do fim deste ano", disse McConnel.

Na semana passada, o número 2 do Partido Republicano no Senado, John Cornyn, disse que era "improvável" que o Senado conseguisse votar nas últimas semanas de 2018. Alguns líderes industriais mantêm pouca esperança de que um acordo ainda possa ser aprovado neste ano.

A previsão de assinatura do novo acordo comercial é 30 de novembro, mas, para cumprir regras do chamado "fast track", o Congresso deve receber um relatório da Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC, na sigla em inglês) sobre os impactos econômicos do acordo de comércio.

Na sexta-feira, a ITC disse que lançou uma investigação sobre os impactos do acordo e vai realizar uma audiência sobre o tratado no dia 15 de novembro. A comissão disse que aceitaria comentários por escrito até o dia 20 de dezembro.

Tradicionalmente, o Congresso realiza audiências antes de aprovar um grande acordo comercial.

O acordo ocorreu após mais de um ano de negociações para atualizar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), de 1994, depois que o presidente Donald Trump se preparou para abandonar o acordo comercial no início de 2017.

O objetivo do novo acordo é levar mais empregos para os Estados Unidos, com o Canadá e o México aceitando um comércio mais restrito com os EUA, o principal comprador de suas exportações. Qualquer ganho de empregos nos EUA está provavelmente anos à frente e muitos analistas dizem que o acordo terá um impacto econômico modesto.

Um colapso do Nafta poderia custar aos fazendeiros norte-americanos, uma das principais bases eleitorais de Trump, acesso a grandes mercados agrícolas no Canadá e no México, ao mesmo tempo em que a China suspendeu compras de soja e outras commodities dos EUA devido a uma guerra tarifária com os Estados Unidos. O Nafta dá suporte a cerca de 1,2 trilhão de dólares em comércio anual entre os três países membros.

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