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Secretário dobra aposta em 'feeling' e prevê crescimento de até 3% em 2020

'As pessoas me criticaram, me tripudiaram, mas o resultado está aí. Podem continuar tripudiando, que o resultado virá', disse Adolfo Sachsida, que a comanda a área do Ministério da Economia responsável pela previsão do PIB

3 dez 2019 - 16h32
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BRASÍLIA - Depois do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) ter ficado acima do esperado, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, avaliou que o seu "feeling" de previsão maior de crescimento da economia se mostrou acertado.

Em entrevista ao Estado, o secretário rebateu as críticas que sofreu por ter feito previsões otimistas sobre o desempenho econômico do Brasil. E voltou a prever um resultado mais robusto de crescimento do PIB em 2020, com a materialização dos efeitos da queda dos juros básicos no crescimento.

O secretário previu para este ano o melhor Natal desde 2015 e renovou a aposta do seu "feeling" ao prever que o PIB de 2020 ficará entre 2,5% e 3%. A estimativa oficial é de 2,32%.

"As pessoas me criticaram, me tripudiaram, mas o resultado está aí. Podem continuar tripudiando, que o resultado virá", disse o secretário, que a comanda a área do Ministério da Economia responsável pela previsão do PIB.

Sachsida recebeu críticas depois que disse em entrevista ao Estado de que tinha um "feeling" de que o crescimento seria mais forte do que a projeção oficial do governo na época - tanto para o ano de 2019 como 2020.

Segundo ele, o efeito da que queda de juros se dará mais fortemente em março do ano que vem, já que a ação de política monetária (a redução da Selic) do Banco Central (BC) demora um tempo para ser totalmente observada na atividade econômica. O secretário rebateu as críticas de que o crescimento se deve apenas a estímulos de curto prazo, como a liberação do saque do FGTS, que não se repetirão.

Para ele, o crescimento de 2019 é decorrente de uma política de ajuste fiscal "expansionista", baseada na contenção de despesas do governo e maior participação do setor privado no crescimento.

Sachsida informou que a próxima revisão do PIB só se dará em 2020 e que nas previsões oficiais a SPE tem que ser conservadora. "Mas o resultado do PIB de 2020 vai confirmar o que disse. Os dados mostram que o crescimento é bastante consistente", afirmou.

Estadão
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