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Se um dia reservas internacionais forem usadas, será para reduzir dívida, diz Ilan

24 nov 2017 - 16h28
(atualizado às 18h13)
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O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que se um dia houver a decisão de reduzir as reservas internacionais do país, será para diminuir a dívida pública, por mais "meritório" que seja pensar em usar os recursos para aumentar investimentos.

O presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, durante entrevista à Reuters em Brasília
09/08/2017
REUTERS/Adriano Machado
O presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, durante entrevista à Reuters em Brasília 09/08/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A discussão sobre eventual uso das reservas cambiais para investimentos embute um "equívoco" no caso brasileiro, porque diferentemente de outros países que formaram o colchão via fundos soberanos, o Brasil "se endividou em reais para comprar dólares", afirmou o presidente do BC.

Por isso, uma decisão de autorizar uso das reservas em projetos de infraestrutura, por exemplo, resultaria em aumento de gastos mas não redução da dívida pública, que é o objetivo da equipe econômica atual.

Ilan, que participou de evento em São Paulo nesta tarde, disse ainda que é preciso buscar menos custo regulatório, mas desde que sistema financeiro esteja protegido e com menos custo.

Indagado sobre a concentração de mercado dos maiores bancos do país, o presidente do BC afirmou que a queda de custos e de spreads bancários --diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final-- deve ser buscada via maior competição no mercado.

Já as criptomoedas têm servido a dois propósitos que, na visão de Ilan, não incentivam o seu uso: para lavagem de dinheiro obtido com atividades ilícitas e como reserva de valor, situação que se mostra como bolha. Já o uso da tecnologia de blockchain pelo sistema financeiro é vista "com bons olhos" pelo presidente do BC.

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