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Se Petrobrás mantiver prazo de reajuste, preço do diesel subirá em 7 de maio

Com o anúncio de novo reajuste nesta quinta-feira, a Petrobrás sinaliza ao mercado que não está disposta a permanecer com o preço parado por muito mais de duas semanas

11 abr 2019 - 20h26
(atualizado às 22h04)
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RIO - A Petrobrás cumpriu o prometido - manteve o preço do óleo diesel inalterado nas refinarias por pelo menos 15 dias, como informou que faria no dia 26 deste março. Apenas nesta quinta-feira, 11, passados exatos 15 dias úteis, reajustou o combustível em 5,7%. O litro passou de R$ 2,1432 para R$ 2,2662. O novo valor passará a ser cobrado nesta sexta-feira. Se permanecer nesse ritmo, a empresa revisará novamente sua tabela no dia 7 de maio, quando será concluído outro ciclo de 15 dias úteis.

Mas, segundo a petroleira, não há nenhuma garantia de que os próximos reajustes acontecerão no mesmo intervalo de tempo adotado neste mês. Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa frisou que esse é o prazo mínimo, mas poderá ser maior.

No mês passado, diante do risco de nova greve dos caminhoneiros, a empresa anunciou que os preços do diesel nas refinarias, que correspondem a cerca de 54% do total pago pelo consumidor, passarão a ser reajustados "por períodos não inferiores a 15 dias". Informou também que a "Petrobrás continuará a utilizar mecanismos de proteção, como o hedge com o emprego de derivativos, cujo objetivo é preservar a rentabilidade de suas operações de refino".

Com o anúncio de novo reajuste feito na quinta-feira, a Petrobrás sinalizou ao mercado que não está disposta a permanecer com o preço parado por muito mais tempo que duas semanas e que vai se manter alinhada às oscilações do mercado internacional. O reajuste não chegou a animar os investidores. Com os preços do petróleo em queda, as ações ordinárias da empresa fecharam o pregão da B3 de quinta com perdas de 1,30% e as preferenciais, de 2,71%.

A alta de hoje é a maior anunciada desde que os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da petroleira, Roberto Castello Branco, assumiram os cargos. Até então, a maior alta tinha sido de 3,5%, registrada no dia 23 de fevereiro. Com exceção desses dois casos, os preços variaram em intervalos de 1% a 2,5%.

Num único dia, nesta sexta-feira, o valor do litro do combustível variou mais do que em todo o mês de fevereiro (5%), quando passou de R$ 2,0198 para R$ 2,1224, e março (1%), de R$ 2,1224 para R$ 2,1432. Apenas em janeiro a variação foi maior, de 8,9%, de R$ 1,8545 para R$ 2,0198. Os valores, que representam uma média do que é cobrado nos pontos de entrega de todo País, foram retirados do site da companhia.

Nos postos, o diesel ficou levemente mais barato no período em que a Petrobrás manteve o preço congelado nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro passou de R$ 3,554, na semana do anúncio do congelamento, para R$ 3,549, nos primeiros dias de abril, até o dia 6. O levantamento desta semana, de 8 a 12 de abril, ainda está sendo feito. Nas duas semanas de congelamento na refinaria, a queda foi de 0,14%. Todas as regiões apresentaram pequena queda de preços, com destaque para o Sudeste e o Estado de São Paulo, onde o litro passou de R$ 3,442 para R$ 3,431, queda de 0,3%. /COLABOROU PAULA DIAS

Estadão
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