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Respaldada por NY, Ibovespa consegue fôlego para retomar 98 mil pontos

28 ago 2019 - 18h02
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Embalada pelo sinal mais firme de ganhos de suas pares em Nova York e chegando a um nível mais atrativo para as compras, a bolsa deu continuidade à valorização da véspera. Chegou ao final da sessão em alta de 0,94%, na marca dos 98.193,53 pontos, em meio à contenção do dólar à vista no nível dos R$ 4,15. O giro financeiro foi de R$ 13,8 bilhões, seguindo abaixo da média diária.

Para profissionais que acompanham os movimentos da renda variável, em uma conjuntura mais pessimista, a sessão foi de fôlego para o índice, que seguiu de perto o sinal das bolsas americanas. "O cenário externo de incertezas trouxe a bolsa do nível dos 105 mil para o dos 95 mil pontos. Existe então um componente técnico forte para o aproveitamento de possíveis barganhas", notou Marcelo Faria, gerente de renda variável da Porto Seguro Investimentos.

Tanto aqui quanto no exterior, o pregão iniciou em baixa, mas logo depois firmou na direção positiva. Muito embora o dia ter sido mais ameno, a volatilidade se manteve elevada por aqui. A oscilação do Ibovespa foi quase de 2 mil pontos entre a máxima (98.346,03) e a mínima (96.557,06 pontos) intraday.

No final do pregão, a maioria das blue chips fechou no azul, com as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras com ganhos de 0,71% e 1,03%, ajudadas também pela alta das cotações do petróleo no mercado internacional. Já no setor bancário, Itaú Unibanco PN encerrou em alta de 1,13% e as units do Santander, 1,67%. Na contramão, e limitando maiores ganhos do Ibovespa, Bradesco PN teve queda de 0,59% e Banco do Brasil ON recuou 0,83% na esteira de informações de que a instituição se prepara para realizar uma oferta subsequente de ações já em setembro.

Faria ressalta que o contexto se mantém. Há recrudescimento da guerra comercial, elevando o nível de incertezas e isso gera piora das projeções de crescimento global. Existe uma perspectiva de estímulos monetários, mas que, segundo ele, não foi totalmente endereçada diante da falta de convicção na comunicação do Federal Reserve (Fed) sobre a magnitude e tamanho do ciclo do afrouxamento monetário. "Somando a esse cenário, efeitos Argentina e outros ruídos políticos internos geram sensação de atraso na retomada do crescimento econômico", diz.

Os investidores contam com a reforma da Previdência aprovada pelo Senado, mas aguardam que seja dentro do cronograma, até outubro. Nesta quarta, dia de leitura do parecer, o relator da reforma, Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse que está prevista para a próxima quarta-feira, dia 4, a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado. No entanto, afirmou, o atraso pode ocorrer se as discussões se alongarem, afirmou o relator. Até o momento, foram apresentadas 287 emendas à proposta.

Estadão
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