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Relator na CCJ foi contra a reforma da Previdência de Temer

Deputado Marcelo Freitas afirma que proposta do governo anterior diverge completamente do projeto de Bolsonaro

29 mar 2019 - 13h46
(atualizado às 21h36)
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BELO HORIZONTE - O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou nesta sexta-feira, 29, em Belo Horizonte, que críticas anteriores feitas por ele sobre as mudanças nas regras previdenciárias não afetariam seu trabalho como relator.

De acordo com o parlamentar, suas opiniões se referiam à proposta de reforma anterior, enviada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). "A reforma anterior diverge completamente da nova reforma. São textos e objetivos bem diversos, por isso não há divergências com o que eu disse", destacou. Por ser delegado da Policia Federal, Freitas já saiu em defesa dos servidores públicos que seriam afetados pela PEC.

Nesta sexta, Marcelo Freitas defendeu o texto da PEC proposta enviada ao Congresso pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. "A parcela que ganha mais será mais afetada pela reforma. Ela não afetará os pobres de nosso País, pelo contrário, o objetivo é preservar os pobres". O parlamentar também afirmou que a Presidência irá "melhorar o discurso" para explicar com clareza a reforma para a população.

Juízo de valores. Freitas afirmou que até o final do primeiro semestre deste ano, a Câmara dos Deputados poderá votar em definitivo a reforma. "Eu vou trabalhar com esse prazo, procurando encurtá-lo na Comissão de Constituição e Justiça", disse, após a posse do novo superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais.

"Para poder evitar qualquer discurso de parcialidade ou antecipação do relatório, eu não vou omitir juízo de valor prévio sobre a questão da admissibilidade da proposta", disse Marcelo Freitas, após ser questionado se pretende apresentar alguma mudança na proposta. Ele afirmou, contudo, que espera que o ministro da Economia, Paulo Guedes, possa ir ao colegiado na semana que vem - a previsão é que o ministro compareça na CCJ na próxima quarta-feira, dia 3 de abril - para incluir algumas sugestões que possam surgir, nessa sabatina, em seu relatório.

Indagado sobre a demora de seu partido em fechar apoio à proposta de reforma previdenciária, ele disse que não houve isso. "Para reunir toda a bancada e fechar uma questão, é naturalmente demorado. Mas nós iremos apoiar integralmente o presidente da República no Congresso Nacional", disse.

Estadão
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