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Receita com corretagem cai no trimestre e ações do Goldman Sachs recuam

17 jan 2018 - 16h41
(atualizado às 17h05)
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O Goldman Sachs Group Inc divulgou na quarta-feira uma queda acentuada na receita com corretagem que renovou as perguntas sobre sua capacidade de reviver um moribundo gerador de lucro ou encontrar novos negócios para substituí-lo, levando as ações a caírem 3 por cento.

Logo do Goldman Sachs em prédio de Sidney, Austrália
18/05/2016 REUTERS/David Gray/File Photo
Logo do Goldman Sachs em prédio de Sidney, Austrália 18/05/2016 REUTERS/David Gray/File Photo
Foto: David Gray/File Photo / Reuters

O banco de Wall Street registrou seu primeiro prejuízo trimestral em seis anos devido ao grande encargo tributário extraordinário e amplamente antecipado. Embora o lucro ajustado tenha superado as expectativas de analistas, o Goldman sofreu mais que os rivais durante a desaceleração generalizada no negócio de corretagem.

A baixa volatilidade tem reduzido a receita de corretagem em Wall Street por anos, mas o Goldman sentiu mais o peso da queda devido ao tipo de cliente que atende e também porque depende mais desse tipo de receita do que outros bancos.

A unidade de negociação de títulos do Goldman registrou seu pior trimestre desde 2008, com uma queda de receita de 50 por cento. As quedas foram generalizadas entre moedas, produtos de crédito, produtos de taxa de juros, commodities e hipotecas, disse o Goldman.

A receita com transações de ações caiu 14 por cento, mesmo com a disparada dos mercados acionários globais. Os clientes do Goldman, principalmente investidores ativos, como hedge funds, não negociaram muito porque a volatilidade estava perto das mínimas históricas.

As ações do Goldman, o quinto maior banco dos EUA, chegaram a cair 3,3 por cento durante a manhã, a 249,90 dólares. Às 15h06 (horário de Brasília), o papel recuava 2,08 por cento, a 253,07 dólares.

     No geral, o banco registrou um prejuízo líquido no quarto trimestre de 2,1 bilhões de dólares, ou 5,51 dólares por ação, com um encargo extraordinário de 4,4 bilhões de dólares relativo às mudanças no sistema tributário dos EUA.

Todos os outros bancos dos EUA tiveram que fazer grandes ajustes extraordinários para se adequar ao novo código tributário, mas as alíquotas menores de impostos para as empresas devem ser uma benção para os lucros futuros do banco.

Excluindo essa cobrança e outros itens extraordinários, o Goldman registrou lucro por ação de 5,68 dólares. Os analistas esperavam 4,91 dólares por ação, de acordo com a estimativa da Thomson Reuters I/B/E/S.

A receita caiu 4,1 por cento para 7,83 bilhões de dólares, mas superou a estimativa média de 7,61 bilhões de dólares. As despesas operacionais totais caíram 1 por cento para 4,73 bilhões de dólares.

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