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Real lidera ganhos nos mercados de câmbio com esperanças sobre Previdência e exterior positivo

3 jul 2019 - 17h09
(atualizado às 17h27)
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O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, na esteira da desvalorização global da moeda norte-americana, intensificada no Brasil pelo maior otimismo quanto ao andamento da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Cédulas de dólar e real. 22/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker
Cédulas de dólar e real. 22/09/2015. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O dólar negociado no mercado interbancário cedeu 0,74%, a 3,8264 reais na venda.

Na B3, a referência para o dólar futuro tinha baixa de 0,58%, a 3,8345 reais na venda.

O real teve o melhor desempenho numa lista de cerca de 30 pares do dólar, impulsionado pelo entendimento de que a reforma previdenciária será votada em plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

Declarações do presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), endossaram essa perspectiva. Ramos afirmou que a leitura dos ajustes ao parecer do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), ocorrerá ainda nesta quarta-feira. Teoricamente, isso permitiria que o cronograma não sofresse atrasos.

Informações de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria dito a líderes de partidos que não adiará a votação da matéria também respaldaram o bom humor dos investidores.

"O mercado tem se apegado ao 'big picture' e confiado na evolução da reforma", disse Cleber Alessie, operador da H.Commcor.

Além do real, outras moedas de risco se valorizaram nesta sessão, com destaque para lira turca, dólar australiano e dólar neozelandês. Essas divisas costumam se beneficiar de cenário de queda de juros em economias centrais, expectativa que ganhou força nesta sessão conforme os "yields" de títulos soberanos nos EUA e na Europa tombaram.

Juros mais baixos nas principais economias melhoram a relação risco/retorno para aplicações em ativos de mercados mais arriscados, como os emergentes, o que pode estimular entrada de capital para o Brasil, por exemplo. Com isso, há aumento da oferta de dólar, o que tende a reduzir o preço da moeda.

A combinação entre BCs mais "dovish" (inclinados a alívio monetário) e avanços no encaminhamento da reforma da Previdência levaram o UBS a reduzir as projeções para o dólar nos próximos meses.

O banco suíço estima agora dólar a 3,70 reais ao fim de três meses, contra 3,80 reais do cenário anterior. A previsão para seis meses foi mantida em 3,70 reais, enquanto o prognóstico para 12 meses foi diminuído de 3,70 reais para 3,60 reais.

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