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Quedas na produção e na exportação mostram economia alemã vacilante

7 jun 2019 - 11h48
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A produção industrial e as exportações da Alemanha recuaram acentuadamente em abril, ressaltando a persistente vulnerabilidade da maior economia da Europa a atritos comerciais e à incerteza sobre a separação britânica da União Europeia um dia depois de o Banco Central Europeu (BCE) sinalizar preocupações sobre o crescimento da zona do euro.

Mulher passa em frente a cartaz mostrando linha de montagem com robôs na feira comercial de Hanover, na Alemanha
31/03/2019
REUTERS/Fabian Bimmer
Mulher passa em frente a cartaz mostrando linha de montagem com robôs na feira comercial de Hanover, na Alemanha 31/03/2019 REUTERS/Fabian Bimmer
Foto: Reuters

Os números desta sexta-feira do Escritório de Estatísticas indicaram que o crescimento do PIB alemão irá desacelerar ou até estagnar no trimestre atual, e o Bundesbank cortou sua previsão de crescimento para todo o ano de 2019, que ainda em dezembro estava em 1,6%, para apenas 0,6%.

A produção industrial caiu 1,9% no mês, o maior recuo desde agosto de 2015, na esteira de uma queda forte na produção de investimento e de bens intermediários - economistas previam uma queda de 0,4%.

As exportações caíram 3,7%, também o maior recuo desde agosto de 2015.

A economia alemã evitou uma recessão por pouco nos últimos três meses de 2018, estagnando após uma contração no terceiro trimestre, e cresceu moderadamente em 0,4% entre janeiro e março.

"A fraca tendência cíclica subjacente provavelmente continuará nos segundo e terceiro trimestres de 2019", disse o Bundesbank em um comunicado. "Após um ligeiro decréscimo no segundo trimestre, o PIB real provavelmente se recuperará um pouco no terceiro trimestre".

A indústria manufatureira do país passou a maior parte deste ano em recessão, uma vez que disputas comerciais pendentes dos Estados Unidos com a China e a UE, assim como o efeito do atraso do Brexit, afetaram as exportações.

Na quinta-feira, o BCE descartou aumentar as taxas de juros no próximo ano e até abriu a porta para eventuais cortes ou compras de mais títulos, citando o efeito prejudicial dos conflitos comerciais e do Brexit na zona do euro.

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