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PSA vai manter home office após pandemia e planeja 100% de adesão até fim de 2020

1 jun 2020 - 17h07
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O grupo francês PSA, que no Brasil tem uma fábrica que produz carros das marcas Peugeot e Citröen, se planeja para que os funcionários da área administrativa na América Latina continuem a trabalhar de casa, de maneira definitiva, mesmo após o fim do período de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. A meta é que 100% dos empregados que não fazem parte da produção já estejam, até o fim do ano, em esquema de trabalho remoto, o chamado home office.

O grupo já tinha um programa de home office desde 2015, porém mais modesto. Antes da pandemia, dos três mil funcionários da área administrativa na América Latina, cerca de 600 trabalhavam um ou dois dias da semana em casa, dos quais a metade no Brasil, onde o grupo tem sua a principal fábrica da região, localizada em Porto Real, no interior do Rio de Janeiro, com capacidade para produzir 150 mil veículos por ano.

Após o período da pandemia, no qual todos os funcionários estão em casa, o grupo fará um retorno gradual aos escritórios, seguindo protocolos de segurança, para depois começar uma transição para o home office. A ideia, contudo, não é que os empregados fiquem todos os dias da semana em casa, no modelo definitivo. Durante pelo menos um dia ou um dia e meio os trabalhadores irão aos escritórios, para trabalhar em ambientes de trabalho também modificados, mais voltados ao conceito do compartilhamento.

"O home office veio para ficar", disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) a vice-presidente de Recursos Humanos do grupo PSA na América Latina, Lindaura Prado. Segundo ela, pesquisas feitas internamente durante o período de isolamento social sugerem uma visão positiva dos trabalhadores, inclusive entre funcionários e gestores que antes eram mais resistentes ao trabalho de casa.

Lindaura afirmou também que o home office forçado durante a pandemia não é, naturalmente, o modelo que se busca para depois do período de isolamento social. "O home office de agora, sem poder sair de casa, e com acúmulo de tarefas domésticas, é um modelo que gera mais ansiedade, mais estresse, para se desdobrar em várias atividades. É algo que temos monitorado nos nossos funcionários, mas, por enquanto, os níveis de ansiedade e estresse estão em níveis aceitáveis", disse.

A executiva disse ainda que o retorno aos escritórios, depois da pandemia, não será imediato. "Vamos tentar adiar ao máximo", ela afirmou. Além disso, quando for iniciada ao transição para o home office definitivo, o tempo pode variar para cada departamento, pois algumas atividades podem exigir um período maior de adaptação.

O grupo tem cerca de mil funcionários administrativos no Brasil. Quando estiverem definitivamente no home office, estarão seguindo um movimento global da empresa. A cidade de São Paulo será o piloto do projeto na América Latina.

A retomada da produção de veículos em Porto Real, antes prevista para o início de junho, agora não tem mais uma data. A empresa aguarda o melhor momento, nos aspectos de saúde e economia, para poder voltar a produzir.

Estadão
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