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Próximo a Bolsonaro, Pedro Guimarães era presença constante em lives do presidente

Executivo, que deixou o comando da Caixa após denúncias de assédio sexual, estava no banco desde o início do governo

29 jun 2022 - 19h07
(atualizado às 20h08)
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No comando da Caixa desde o início do governo de Jair Bolsonaro, Pedro Duarte Guimarães, 51 anos, era um dos nomes mais vistos ao lado do presidente da República. Antes de assumir o cargo, o economista foi sócio do banco Brasil Plural, instituição financeira fundada em 2009, onde atuou principalmente em operações de mercado de capitais e reestruturações de empresas.

Guimarães chegou ao cargo respaldado pela sua experiência em privatizações. Atuou, por exemplo, no processo de privatização do Banespa, adquirido pelo Santander, quando trabalhava em banco de investimento. Já em sua gestão na Caixa, vendeu a participação do banco público na Petrobras, no ressegurador IRB Brasil Re e levou a Caixa Seguridade à Bolsa, por meio de uma abertura de capital. Sua intenção era fazer o mesmo com a gestora e a área de cartões do banco público.

Desde o início de seu mandato, se aproximou do presidente Jair Bolsonaro, tornando-se uma figura frequente nas 'lives' promovidas semanalmente pelo presidente em suas redes sociais. Na pandemia, com o pagamento do auxílio emergencial, pagamento que foi realizado por meio da Caixa, Guimarães passou a ter presença cativa nas apresentações de Bolsonaro. Seu nome foi indicado ao cargo pelo ministro da Economia Paulo Guedes.

Ao longo de sua gestão na Caixa, Guimarães fez muitas viagens e eventos, para apresentar a atividade do banco público. Mas também participava frequentemente de eventos políticos.

No setor privado, Guimarães tinha o apelido de "Pedro Maluco", que acabou o acompanhando ao longo dos três anos na Caixa. As denúncias de assédio sexual contra Guimarães circularam na terça-feira, 28, em grupos de whatsapp da Faria Lima, a avenida que concentra as atividades financeiras em São Paulo. A visão geral entre pessoas ligadas às instituições financeira era de que esse era um desfecho "altamente esperado".

Estadão
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