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Produção industrial no Brasil sobe pelo 4° mês seguido em julho e supera expectativas

5 set 2017 - 09h58
(atualizado às 10h08)
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A produção industrial do Brasil avançou bem mais do que o esperado e registrou a melhor marca em três anos para julho, embalada sobretudo pelo bom desempenho dos bens de consumo e indicando uma recuperação mais robusta do setor.

Área industrial de Cubatão, em São Paulo 09/12/2009 REUTERS/Paulo Whitaker
Área industrial de Cubatão, em São Paulo 09/12/2009 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A produção da indústria subiu 0,8 por cento em julho na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, quarto mês seguido no azul, algo que não ocorria desde 2012. Foi a melhor performance para junho desde 2014 (+1,3 por cento)

O resultado mensal de junho foi revisado para cima para mostrar alta de 0,2 por cento, contra estagnação divulgada anteriormente. Em relação a julho de 2016, ainda segundo o IBGE, a produção apresentou alta de 2,5 por cento.

A expectativa de analistas consultados pela Reuters era de alta mensal de 0,4 por cento e de avanço de 1,58 por cento na comparação anual, na mediana das projeções.

"A indústria mostra comportamento nitidamente diferente após 4 meses de alta... Há um perfil disseminado de crescimento", disse o coordenador da pesquisa no IBGE, André Macedo, acrescentando, no entanto, que a indústria ainda opera no patamar semelhante ao início de 2009 e longe do seu pico histórico.

No acumulado dos últimos doze meses, a indústria recuou 1,1 por cento em julho.

Segundo o IBGE, o destaque positivo em junho foi a categoria Bens de consumo duráveis, que avançou 2,7 por cento e recuperou parte do recuo de 5,6 por cento observado em junho. Já Bens semiduráveis e não duráveis cresceram 2 por cento em julho.

Os Bens de capital, um indicador de investimento, tiveram alta de 1,9 por cento, acumulando em 12 meses avanço de 2,8 por cento.

Entre os 24 ramos pesquisados pelo IBGE, 14 apresentaram crescimento da atividade industrial, com destaque para os produtos alimentícios, que tiveram alta de 2,2 por cento, em expansão pelo terceiro mês seguido.

"A melhora da indústria é puxada por bens duráveis como eletrodomésticos e linha marrom. O consumo reage a estímulos que vem da liberação do FGTS, inflação mais baixa e melhora residual do mercado de trabalho", afirmou Macedo.

A melhora da economia também foi notada no Produto Interno Bruto (PIB), que avançou 0,2 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores, graças à recuperação do consumo das famílias.

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