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Produção e vendas de motos devem reduzir ritmo, diz associação

De acordo com a Abraciclo, apesar da perda de fôlego do setor, o ano de 2020 ainda será de crescimento

24 jan 2020 - 04h11
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A produção de motos no Brasil deve reduzir o ritmo de crescimento em 2020, prevê a Abraciclo, que reúne as fabricantes do segmento. A associação divulgou ontem que o volume produzido cresceu 6,8% no ano passado, para 1,107 milhão de unidades, e a projeção para este ano é de expansão um pouco menor, de 6,1%, para 1,175 milhão de unidades.

Também deve haver desaceleração nas vendas para o mercado interno. Após expansão de 14,6% nos licenciamentos em 2019, a Abraciclo prevê expansão de 5,8% em 2020. O mercado, portanto, que terminou o ano passado com 1,077 milhão de unidades vendidas no varejo, fecharia 2020, pela previsão da associação, com a venda de 1,14 milhão de unidades.

Volume de motos produzido cresceu 6,8% em 2019, para 1,107 milhão de unidades, e a projeção para 2020 é de expansão de 6,1%, para 1,175 milhão de unidades
Volume de motos produzido cresceu 6,8% em 2019, para 1,107 milhão de unidades, e a projeção para 2020 é de expansão de 6,1%, para 1,175 milhão de unidades
Foto: Honda/ Divulgação / Estadão

Apesar da perda de fôlego, a Abraciclo destaca que o segmento terá mais um ano de expansão em 2020. "Os motivos para um novo crescimento são o aumento da confiança do consumidor, maior oferta de crédito, lançamento de novos produtos com tecnologias mais avançadas e evolução na demanda por veículos de duas rodas para mobilidade", disse o presidente da associação, Marcos Fermanian.

36 parcelas

O aumento da oferta de crédito por parte do sistema financeiro tem permitido aos consumidores comprar motos no cartão de crédito com parcelas de até 36 meses, afirmou Fermanian. "Há um ano isso era algo impensável." Segundo o executivo, mesmo antes da crise, as compras de motos no cartão de crédito tinham parcelas de no máximo 12 meses.

O executivo ressaltou que adquirir uma moto por meio do cartão de crédito, e não pela contratação de um financiamento, tem a vantagem de não alienar o veículo, ou seja, não deixa-lo como garantia em caso de não pagamento. "É claro que isso representa um risco maior para quem empresta, mas isso tem sido oferecido a clientes que têm uma condição melhor", disse.

Fermanian afirmou ainda que o movimento reflete a queda das taxas de juros e o maior apetite das instituições financeiras em oferecer crédito. "Os bancos tradicionais, os bancos digitais e as fintechs têm conseguido trazer para o mercado aquele consumidor que antes estava à margem", disse o executivo.

Estadão
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