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Principal polo siderúrgico da China vai ampliar restrições à produção

11 jul 2018 - 17h40
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O governo de Tangshan, a maior cidade siderúrgica da China, ordenou que siderúrgicas, produtores de coque e empresas de energia térmica reduzam produção neste ano, no mais recente passo para conter poluição em uma das áreas mais poluídas do país.

A decisão de ampliar os cortes nas emissões terá duração de seis semanas, de 20 de julho a 31 de agosto, segundo documento obtido pela Reuters. Isso vai além das reduções de 10 a 15 por cento impostas de março a novembro.

O documento não instruiu as fábricas a reduzirem a produção em certa quantidade, mas pediu aos distritos locais da cidade para definirem seus próprios planos detalhados para reduzir a produção até 13 de julho.

"As máquinas de sinterização e altos-fornos serão os principais alvos de cortes de produção no setor siderúrgico e podem chegar a até 50 por cento dependendo dos níveis de emissão nas usinas", disse à Reuters por telefone uma autoridade do departamento de meio ambiente do governo de Tangshan.

A sinterização é um processo em que o minério de ferro é aquecido em uma massa como um precursor para a produção de aço.

As fábricas localizadas fora do centro da cidade que concluíram as etapas, como "modernizações ambientais", não precisarão reduzir produção tanto quanto alguns outros locais, de acordo com o documento.

Tangshan produziu 91,2 milhões de toneladas de aço bruto em 2017, respondendo por 11 por cento da produção total de aço da China.

Analistas do provedor de dados industriais SMM esperam que as novas restrições em Tangshan reduzam a produção em até 150 mil toneladas de aço por dia.

As restrições de produção também serão impostas a outras indústrias que consomem muita energia ou geram níveis elevados de poluição, como os setores de cimento e vidro, disse o governo no documento.

A cidade pretende reduzir as emissões de dióxido de enxofre em 31 por cento, as emissões de dióxido de nitrogênio em 21 por cento e as emissões de monóxido de carbono em 24 por cento até o final de agosto, em comparação com os níveis médios de emissões do primeiro semestre de 2018.

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