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Preços do petróleo sobem mais de 13% com expectativa de acordo para corte de produção

3 abr 2020 - 17h58
(atualizado às 18h26)
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Os preços do petróleo avançaram pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, com os contratos tanto do Brent quanto do WTI registrando os maiores ganhos percentuais semanais da história diante de expectativas de que um acordo global para cortes de oferta da commodity possa surgir no início da semana que vem.

Bombeamento de petróleo em Midland, Texas (EUA) 
22/08/2018
REUTERS/Nick Oxford
Bombeamento de petróleo em Midland, Texas (EUA) 22/08/2018 REUTERS/Nick Oxford
Foto: Reuters

Na quinta-feira, o petróleo havia registrado a maior disparada diária da história por perspectivas de um corte de produção equivalente a entre 10% e 15% da demanda global.

A recuperação após semanas de fortes perdas ocorreu depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que Rússia e Arábia Saudita vão negociar o fim de sua guerra de preços, que derrubou as cotações em mais de 50% no mês passado. Trump disse que os EUA não concordaram em cortar seu bombeamento.

O rali continuou nesta sexta-feira, com os contratos futuros do petróleo Brent saltando 13,9%, ou 4,17 dólares, para 34,11 dólares por barril. O Brent chegou a operar em alta de 47% na véspera, maior ganho percentual intradia da história, quando fechou em alta de 21%. O contrato terminou a semana com avanço de 36,8%, maior ganho percentual semanal da história.

Já o petróleo dos EUA fechou em alta de 3,02 dólares, ou 11,93%, a 28,34 dólares por barril. O vencimento registrou ganho de 31,8% na semana, também o maior da história.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) agendou para segunda-feira uma reunião emergencial, liderada pela Arábia Saudita, na qual pode haver um acordo para cortes de produção equivalentes a 10% da oferta global --cerca de 10 milhões de barris por dia.

"A diplomacia da barganha no petróleo claramente ganhou força durante a noite, e os cortes são mais prováveis agora do que eram ontem", disse Robert McNally, presidente do Rapidan Energy Group, em Maryland. "O tamanho dos cortes parece estar aumentando, e o 'timing' está acelerado."

A Rússia, no entanto, ainda não se comprometeu em definitivo com os cortes, e nem os EUA.

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