Preços da soja estão piores, diz Terra Santa Agro
São Paulo, 1 - O diretor presidente e de relações com investidores da Terra Santa Agro, Jose Humberto Prata, avalia que os preços da soja para a safra de 2018/19, considerando a cotação na Bolsa de Chicago (CBOT) e o prêmio nos portos brasileiros, "estão um pouco piores do que no ano passado".
Este desempenho é consequência da guerra comercial entre Estados Unidos e China e da oferta da safra norte-americana, justificou o executivo em teleconferência para análise de resultados do terceiro trimestre.
"Cerca de 95% da área de soja 2018/19 foi plantada na janela ideal e a estimativa para a produtividade é muito positiva. Já os custos de produção, assim como os preços, estão piores por causa da incerteza trazida pela tabela de fretes e o valor dos insumos", explica Prata.
A perspectiva para custos da oleaginosa está em R$ 2.807 por hectare, 14% acima do registrado em 2017/18
Em um ambiente de custos mais elevados, o presidente da Terra Santa destaca que as demais despesas da companhia passaram por ajustes, "em um trabalho firme, que permitiu redução em relação à safra passada", comenta.
A área estimada para a soja em 2018/19 é de 86,1 mil hectares, com produtividade de 59,1 sacas por hectare. No ciclo anterior, de 2017/18, o rendimento bateu 59,3 sacas por hectare, o segundo maior resultado já realizado na história da companhia.
Milho
Prata afirma que a área semeada com milho nesta temporada deve cair 18%, com o crescimento no plantio de algodão. Com isso, a expectativa é de que a área atinja 29,9 mil hectares e a produtividade fique em 123,2 sacas por hectare. O custo estimado para o milho de alto potencial é de R$ 2.065 por hectare, valor 7% maior no comparativo anual.
Diferentemente do cenário otimista observado no algodão, o volume de milho faturado no terceiro trimestre fiscal de 2018 caiu 22,3%, ante igual período de 2017, a 184,78 mil toneladas. A receita líquida com o cereal baixou 2,6%, para R$ 56,94 milhões.