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Preços da carne suína na China, já em nível recorde, devem subir mais e mais rápido

15 out 2019 - 09h31
(atualizado às 11h04)
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Os preços já recorde da carne suína na China devem subir mais rapidamente nas próximas semanas, disseram analistas nesta terça-feira, mesmo com dados oficiais mostrando que a carne mais popular do país já pressionou a inflação ao consumidor para máxima em seis anos.

Funcionário manuseia carne de porco em mercado de Hebei, na China
12/06/2019
REUTERS/Stringer
Funcionário manuseia carne de porco em mercado de Hebei, na China 12/06/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

O índice de preços ao consumidor na China (CPI) subiu 3% em setembro na comparação anual, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas, maior ritmo de alta desde outubro de 2013.

Os preços dos alimentos subiram, principalmente devido à elevação dos valores da carne de porco após a disseminação da mortal peste suína africana pelo país, o que reduziu em 41% o rebanho de suínos chinês, segundo informado pelo governo na segunda-feira.

Os preços da carne suína no varejo subiram 84% na comparação anual, para 43,4 iuanes por quilo na semana encerrada em 2 de outubro, segundo dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

A disparada nos preços da carne suína perdeu ritmo nas semanas antes de um feriado nacional em outubro, uma vez que Pequim liberou 30 mil toneladas de carne suína congelada de suas reservas.

Mas a alta nos preços deve acelerar de novo, com os preços dos porcos vivos disparando após a pausa do feriado do Dia Nacional, disse o executivo chefe da consultoria China-America Commodity Data Analytics, Jim Huang.

Os preços dos suínos vivos saltaram de uma média nacional de 27 iuanes por kg em setembro para 31 iuanes por kg na primeira semana de outubro e atingiram 35 iuanes por kg nesta segunda-feira.

Na populosa província de Guangdong, no sul da China, os preços atingiram 40 iuanes por kg na semana passada, com margens para os agricultores locais agora em 3.000 iuanes por porco.

"Toda semana é um novo recorde", disse Huang, apontando que os preços ganham força com a recomposição de estoques após o feriado.

Outras liberações de reservas estatais teriam impacto limitado, uma vez que os volumes ainda detidos por Pequim são relativamente pequenos, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.

"O quarto trimestre é a alta temporada (de consumo de carne suína), ainda há espaço para novos aumentos", disse ela.

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