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Preço do petróleo pode subir ainda mais com Venezuela e fundos, dizem especialistas

23 jan 2018 - 11h35
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O rali que levou os preços do petróleo a superarem os 70 dólares por barril em janeiro, pela primeira vez em três anos, talvez ainda tenha espaço para continuar dada a quebra de produção na Venezuela e o apetite de fundos por commodities, disseram tradings e petroleiras.

Majid Jafar, CEO da Crescent Petroleum, disse que os preços podem chegar a 80 dólares por barril se a crise econômica na Venezuela levar a novas quedas de produção. A produção do país sul-americano já caiu para o menor nível em três décadas.

    "A minha preocupação é que os eventos na Venezuela possam levar a um choque e os preços podem chegar a 80 dólares por barril neste ano", disse ele à Reuters Television no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Ele comentou que os baixos níveis de investimento nos últimos três a quatro anos, à medida que as empresas de petróleo cortavam gastos enquanto os preços do petróleo caíam de mais de 100 dólares para menos de 30 dólares por barril, levaram a uma escassez de novos projetos que podem levar a um déficit de oferta no médio prazo.

Marco Dunand, CEO e co-proprietário da trading Mercuria, disse que o crescimento global da demanda de petróleo surpreendeu pelo lado positivo, o que também dá suporte aos preços.

"As pessoas falam sobre pico de demanda, mas então ela de repente acelera ainda mais. E você tem taxas de crescimento do PIB global acima da média, o que está criando temores inflacionários", disse.

"Nesse cenário, muitos fundos macro querem estar comprados em commodities-- eles as utilizam como uma proteção contra a inflação", adicionou.

"As pessoas dizem que (os preços) vão cair em breve, mas não necessariamente. Isso aconteceu porque os mercados de ações subiram loucamente. Então, para manter inalterada sua porcentagem de alocação, os fundos macro precisam comprar commodities", disse Dunand.

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