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Preço da arroba do boi se aproxima de R$200 e tem novo recorde, aponta indicador Esalq/B3

14 nov 2019 - 19h39
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O preço da arroba do boi gordo manteve a trajetória das últimas semanas e subiu 4,35% nesta quinta-feira, marcando um novo recorde histórico a 199,25 reais, segundo o indicador Esalq/B3, com impulso principalmente da forte demanda de exportação, notadamente da China.

Criação de gado em Deciolândia (MT) 
07/09/2011
REUTERS/Paulo Whitaker
Criação de gado em Deciolândia (MT) 07/09/2011 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O preço da arroba registrado nesta quinta-feira supera a máxima histórica de abril de 2015, de 191,89 reais (valor que considera a inflação do período), segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que elabora o indicador.

No acumulado do mês, o preço da arroba disparou 16,73%, avançando 37,8% em relação a igual período do ano passado.

Segundo o sócio-diretor na consultoria Athenagro, Maurício Nogueira, a alta na arroba está associada a um maior número de empresas que buscam se posicionar para exportar para a China, além da forte demanda chinesa, que busca preencher uma lacuna deixada na oferta de carne suína pela epidemia de peste suína africana.

"Tem a sede da China para importação de carne bovina do Brasil, eles (chineses) têm que se posicionar... ao mesmo tempo que tem uma quantidade grande de plantas... que querem marcar posição com a China", disse o consultor, lembrando que novas unidades foram habilitadas para exportação nesta semana, não só para a China, mas também para a Arábia Saudita.

Ele disse também que os ganhos da arroba também estão associados à produção total menor neste ano no Brasil.

"A expectativa é de que os preços continuem em alta, a demanda interna melhor impulsionada pelo final de semana prolongado, e bom desempenho da exportação diária mantém o mercado procurado", disse em nota a Scot Consultoria.

No mercado futuro da B3, os preços da arroba também estão em patamares recordes, com o vencimento para março de 2020 atingindo máxima de contrato acima de 209 reais na véspera.

O quanto o mercado ainda vai subir dependerá do consumo doméstico, que responde pela maior demanda de carne bovina, comentou o analista de pecuária do Cepea, Thiago de Carvalho .

"Vai depender da elasticidade da demanda do mercado doméstico, para a exportação é um momento interessante, mas tem limite de preço e demanda (no mercado interno)", disse.

No atacado da Grande São Paulo, disse o Cepea, o preço da carcaça bovina renovou máximas históricas nesta semana, atingindo 12,74 reais por quilo na quarta-feira.

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