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Postura mais agressiva do Fed é o melhor para garantir expansão mais longa, diz Bullard

28 set 2021 - 10h18
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O Federal Reserve deveria deixar seu balanço patrimonial de cerca de 8 trilhões de dólares encolher no próximo ano assim que reduzir seu programa de compra de títulos, disse o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, alertando que a alta da inflação pode exigir medidas mais agressivas do banco central, incluindo dois aumentos de juros em 2022.

Presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard
08/10/2018. 
REUTERS/Edgar Su/File Photo
Presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard 08/10/2018. REUTERS/Edgar Su/File Photo
Foto: Reuters

Em entrevista, Bullard disse que agora espera que a inflação permaneça em 2,8% no próximo ano, bem acima da meta de 2% do banco central e a mais alta entre as novas projeções econômicas divulgadas pelas autoridades do Fed na semana passada.

Embora Bullard tenha afirmado que concorda que a inflação diminuirá um pouco por conta própria, ele disse que será necessário mais esforço do banco central para garantir que isso aconteça suavemente ao longo do tempo, e que nunca exija o tipo de política restritiva que pode colocar em risco a expansão atual.

A inflação "vai ficar acima da meta ao longo do horizonte de projeção. Isso é uma coisa boa. Estamos cumprindo nosso...arcabouço", disse Bullard sobre as projeções do Fed na semana passada de que a inflação permanecerá acima de 2% até 2024, mesmo com os juros permanecendo abaixo do nível que seria considerado restritivo.

Um novo arcabouço Fed busca um período de inflação mais alta para compensar a inflação fraca na última década. Ainda assim, o salto da inflação neste ano surpreendeu as autoridades e agora parece que deve durar mais do que o esperado. Na reunião da semana passada, os membros do Fed definiram juros um pouco mais altos a partir do próximo ano, o início de uma possível proteção contra a alta rápida dos preços.

"Agora há o risco de superarmos os resultados e ficarmos muito altos por muito tempo... Quanto disso queremos?... Essa é a questão central para o Comitê (Federal de Mercado Aberto) no próximo ano."

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