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Política monetária depende de atividade econômica e expectativas para inflação, reafirma Ilan

23 abr 2018 - 14h23
(atualizado às 15h47)
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O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reafirmou nesta segunda-feira que os próximos passos da política monetária dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, das possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e de expectativas de inflação.

Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn
03/04/2018
 REUTERS/Adriano Machado
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn 03/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em apresentação durante evento em São Paulo, Ilan reafirmou também a perspectiva de novo corte da taxa básica de juros Selic, atualmente em 6,5 por cento, em maio, vendo nos encontros seguintes "como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos".

A economia brasileira apresentou desempenho aquém do esperado neste início de ano, com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- tendo ficado praticamente estagnado em fevereiro.

Esse cenário levou os economistas consultados na pesquisa Focus do BC a reduzirem sua expectativa para crescimento do PIB neste ano a 2,75 por cento.

Na apresentação, Ilan, considerou que "o conjunto dos indicadores de atividade econômica mostra recuperação consistente da economia brasileira".

O presidente do BC explicou ainda que os riscos para a inflação compreendem, entre outros, a possível propagação, por mecanismos inerciais, do nível baixo da inflação.

A inflação permanece em níveis baixos no Brasil, com o IPCA-15 acumulando nos 12 meses até abril alta de 2,8 por cento. No Focus, a expectativa é de que este ano termine com inflação de 3,49 por cento, quando a meta oficial é de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual.

De acordo com Ilan, o cenário internacional tem se mostrado até o momento favorável, com crescimento econômico e juros baixos no mundo, o que tem contribuído para manter o apetite por risco em relação às economias emergentes.

"Cenário internacional encontra-se benigno, mas não podemos contar com essa situação perpetuamente", trouxe a apresentação.

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