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Plantio de soja ganha ritmo no Matopiba; clima preocupa em MT e PR, diz AgRural

30 nov 2020 - 13h51
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O plantio de soja seguiu forte na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) na última semana, ajudando a elevar a taxa de semeadura no Brasil, que atingiu 87% da área plantada.

Lavoura de soja em Barreiras (BA) 
19/03/2017
REUTERS/Roberto Samora
Lavoura de soja em Barreiras (BA) 19/03/2017 REUTERS/Roberto Samora
Foto: Reuters

Após um atraso inicial devido à irregularidade das chuvas, o plantio avançou seis pontos percentuais na última semana, equiparando-se ao índice do mesmo período do ano passado.

"Com os trabalhos virtualmente encerrados no Centro-Oeste e já nos talhões finais no Sudeste, Paraná e Rondônia, a semeadura agora segue concentrada no Matopiba, que tem ritmo mais forte que o da média histórica devido à boa umidade na região...", disse a AgRural em nota.

Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o plantio continua atrasado por conta da irregularidade das chuvas, também registraram avanços na última semana.

"A semana passada foi marcada pelo retorno muito bem-vindo das chuvas ao Rio Grande do Sul", comentou.

Outras importantes áreas produtoras voltaram a preocupar, notou a consultoria.

"No resto do país, porém, a combinação de tempo seco e temperaturas em elevação voltou a predominar, após as boas chuvas da terceira semana de novembro. Isso acendeu novamente o sinal amarelo em algumas áreas com umidade do solo mais ajustada, especialmente em Mato Grosso e no Paraná", disse. 

De acordo com a AgRural, "a preocupação com esse período mais seco (algo pouco usual nesta época do ano) só não é maior porque, como o plantio foi feito com atraso, a maior parte das lavouras ainda está em período vegetativo ou no início da fase reprodutiva, quando o impacto do clima desfavorável sobre o potencial produtivo é menor do que na formação de vagens e enchimento de grãos".

Por ora, a AgRural mantém sua estimativa a produção de soja do Brasil em recorde de 132,2 milhões de toneladas, com base em linhas de tendência de produtividade, que serão substituídas por estimativas com resultados do campo a partir de dezembro.

"Embora a safra 2020/21 tenha problemas gerados pela extrema irregularidade das chuvas no plantio e desenvolvimento inicial, cortes na estimativa de produtividade durante a fase vegetativa da safra não são recomendados."

MILHO

A consultoria informou que o Brasil semeou 94% das áreas com milho primeira safra, enquanto o clima seco anteriormente no Rio Grande deve colaborar para um novo corte na projeção de safra.

"Apesar do retorno das chuvas ao Rio Grande do Sul, o Estado já tem perdas de produtividade consolidadas e deve passar por um terceiro corte na estimativa de safra que a AgRural divulgará no início de dezembro", afirmou.

Em novembro, devido a cortes nos três Estados do Sul, a produção do centro-sul do Brasil foi estimada pela AgRural em 20,7 milhões de toneladas, contra 21,9 milhões em outubro e 19,7 milhões de toneladas na safra 2019/20.

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