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Plantel de suínos da China deve crescer no máximo 8% em 2020, diz Rabobank

13 dez 2019 - 09h05
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São Paulo, 12 - O plantel de suínos na China deve crescer no máximo 8% em 2020 em relação ao ano anterior, segundo relatório do Rabobank. O banco espera que o número de animais continue diminuindo no primeiro semestre do ano que vem, e que os estoques comecem a ser recompostos na segunda metade do ano. Essa desaceleração esperada do ritmo de perda de animais se deve ao número reduzido de granjas e a medidas de biossegurança adotadas após os surtos de peste suína africana no país. Em 2019, o plantel chinês deve diminuir 55% em relação a 2018 por causa da doença.

Como criadores estão retendo matrizes para produção futura, a escassez de animais para abate deve se agravar em 2020, diz o banco, acrescentando que a oferta de carne suína na China deve cair cerca de 15% no ano que vem em comparação a 2019.

O uso de ração para suínos deve começar a se recuperar até o segundo semestre de 2020, refletindo a recomposição dos estoques de animais e a mudança de modelo para criação em larga escala, segundo o Rabobank. No ano que vem, o banco estima que o uso de ração deve crescer 8% na comparação anual.

Os preços de suínos vivos na China subiram acentuadamente em outubro mas caíram em novembro. Apesar disso, ainda estão atrativos o suficiente para estimular a recomposição, diz o Rabobank. Para o banco, essa queda é temporária e os preços devem alcançar níveis ainda mais altos nos próximos meses devido à oferta escassa. O Rabobank também acredita que o governo da China vai novamente liberar parte das reservas de carne suína antes das comemorações do ano novo chinês, mas que os preços devem voltar a subir após as festividades.

Nos primeiros dez meses de 2019, as importações chinesas de carne suína aumentaram 49% na comparação anual. Somente em outubro, o crescimento foi de 114%, apesar dos preços 58% mais altos. Nos próximos meses, o Rabobank prevê que a China vai aumentar suas importações de carne suína dos EUA, do Canadá, da América do Sul (principalmente Brasil) e de alguns países europeus (Reino Unido, Espanha, Alemanha, Holanda e Itália).

Estadão
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