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PIB da Argentina recua 4,2% no segundo trimestre

No acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2017, a economia argentina apresenta contração de 0,5%

19 set 2018 - 17h56
(atualizado às 21h11)
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O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina apresentou uma contração de 4,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Analistas consultados pela Trading Economics projetavam recuo de 5,3% no período. Em termos dessazonalizados, houve contração de 4,0% na passagem do primeiro trimestre para o período entre abril e junho.

De acordo com o Indec, o PIB apresenta uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando houve expansão de 3,9% em base anual. No acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2017, a economia argentina apresenta contração de 0,5%.

O país, que atravessa uma severa crise econômica, viu o peso argentino se desvalorizar mais de 50% em relação ao dólar este ano. No final de agosto, o governo de Maurício Macri pediu adiantamento do socorro financeiro ao FMI e elevou a taxa de juros do país 45% para 60% ao ano.

Além da forte desvalorização cambial, que desaquece a economia, o jornal argentino La Nación atribuiu a queda do PIB à seca no país, "a pior em 40 anos" - o que levou o setor da agricultura a recuar, segundo a publicação, 31,6% no período.

Otimismo

Ontem, porém, o peso argentino fechou em alta em relação ao dólar, diante do otimismo de investidores após o Ministério da Fazenda da Argentina solicitar a criação de Letras do Tesouro (Lecap), com o intuito de conter a alta do dólar. A intenção do governo com esses títulos é tentar fazer com que investidores mantenham investimentos em pesos argentinos, evitando uma maior demanda pela moeda americana.

Na noite de segunda-feira, Macri apresentou ao Congresso o plano orçamentário para 2019, que contém um grande aperto fiscal e, se implementado na íntegra, pretende estabilizar a dívida pública. "No entanto, alguns pedidos importantes do FMI foram evitados", afirmaram analistas da Capital Economics.

Estadão
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