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Petros vende 5,76% da Itaúsa para acionistas da AmBev por R$4,52 bi

15 dez 2017 - 21h06
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O Petros, fundo de pensão de empregados da Petrobras, concluiu nesta sexta-feira a venda de 5,76 por cento de participação na Itaúsa para a Fundação Antônio Helena Zerrenner, operação avaliada em 4,5 bilhões de reais.

A Fundação Zerrenner é uma das maiores acionistas da cervejaria Ambev, com 10,2 por cento das ações ordinárias da companhia. Constituída em 1936, a entidade, com sede em São Paulo, presta assistência filantrópica gratuita nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Em nota, o diretor-executivo da fundação, Edson De Marchi, afirmou que a compra de uma fatia da Itaúsa faz parte de um plano de diversificação de investimentos. "Com isso, a fundação garante uma renda perene para custeio dos seus benefícios assistenciais estatutários", disse De Marchi.

Com a transação, o Petros zerou a posição na Itaúsa, holding controladora do Itaú Unibanco. Os 4,52 bilhões de reais da venda, que envolveram 15,27 por cento do capital votante da Itaúsa, vão para o caixa do Petros.

Na terça-feira, o Petros havia anunciado a venda de 24,75 por cento no FIP Florestal que correspondia à fatia de 8,53 por cento da produtora de celulose Eldorado Brasil.

A instituição, segundo maior fundo fechado de previdência complementar do país, foi um dos mais afetados pela combinação de investimentos fracassados e má gestão nos últimos anos, o que o levou a acumular um buraco bilionário.

Em setembro, o fundo anunciou um equacionamento do déficit de 27,7 bilhões de reais, que exigirá desembolsos adicionais dos participantes e da Petrobras por 18 anos.

O investimento do fundo na Itaúsa é um dos alvos de inquérito de comissão interna da Petros para investigar o processo de decisão que levou à aquisição do ativo. "Existe a possibilidade de processos de responsabilização de ex-dirigentes no intuito de buscar ressarcimento e de defender a imagem da instituição, iniciativa que já está em andamento com o apoio de escritório de advocacia contratado", afirmou o fundo.

"A venda de Itaúsa está em linha com nossa estratégia de racionalizar a alocação da carteira frente à dinâmica do passivo do plano", disse em nota o presidente do Petros, Walter Mendes. Já o diretor de investimentos da Petros, Daniel Lima, afirmou que "considerando os volumes negociados no último mês, a venda dessa posição sem causar impacto relevante no preço das ações, dada sua baixa liquidez, demandaria cerca de 119 anos para que fosse completada".

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