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Petróleo sobe com preocupações com uma desproporção entre oferta e demanda

27 ago 2018 - 17h27
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Em meio a leves ganhos e perdas, as preocupações com uma desproporção entre oferta e demanda no mercado de petróleo impulsionaram os preços mais uma vez e levaram os contratos futuros a fecharem em alta nesta segunda-feira, à medida que investidores monitoram o cenário do comércio global e uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em Viena.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em outubro fechou em alta de 0,21%, a US$ 68,87 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês avançou 0,51%, para US$ 76,21.

Relatos de que as sanções dos Estados Unidos sobre o Irã começaram a ter impacto nas exportações do país persa preocuparam os agentes. O analista Richard Mallinson, da Energy Aspects, calcula que as exportações de petróleo iraniano diminuíram desde o início de agosto para menos de 2 milhões de barris por dia, ante uma média anterior de 2,6 milhões a 2,8 milhões de barris diários. Outros especialistas, no entanto, defendem que ainda não é possível estimar de quanto foi o recuo.

Uma reunião informal em Viena entre a Opep e outros países exportadores de petróleo também pode ter abortado o impacto das sanções americanas na produção iraniana. O encontro realizado nesta segunda-feira teve como objetivo trazer à tona tensões e diferentes opiniões entre as nações sobre o cumprimento das metas. Analistas do Commerzbank destacam que as discordâncias já eram perceptíveis na reunião semestral de junho, e "é provável que tenham aumentado em vista da decisão de aumentar a produção em meio às tensões com o Irã".

Ao mesmo tempo, o Commerzbank aponta que "as esperanças de que as tensões comerciais entre EUA e China podem em breve chegar a um fim" ajudaram a impulsionar os preços. Uma escalada das tensões comerciais entre os dois países poderia representar uma ameaça à economia mundial. Também nesta segunda-feira, os EUA anunciaram um acordo comercial bilateral com o México.

Estadão
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