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Petróleo sobe com perspectiva de conversa EUA-China e tensões no Oriente Médio

19 ago 2019 - 16h56
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Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão em alta, começando a semana no positivo diante da possibilidade de Estados Unidos e China realizarem uma teleconferência até a semana que vem, como anunciado no domingo. Além disso, um ataque a um campo petrolífero na Arábia Saudita elevou preocupações com a oferta da commodity.

O petróleo do tipo WTI para entrega em outubro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) avançou 2,42% para US$ 56,14 o barril. Já o petróleo Brent para o mesmo mês na Intercontinental Exchange (ICE) teve ganho de 1,87%, a US$ 59,74 o barril.

Domingo, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, disse em entrevista à emissora Fox News que negociadores americanos e chineses podem conversar sobre a disputa comercial dentro de dez dias, renovando expectativas por um acordo entre as duas potências.

Por outro lado, Kudlow pontuou que o sucesso das discussões pode ser afetado pela postura da China em relação aos protestos entre governo e manifestantes em Hong Kong. A declaração reforça comentários feitos domingo pelo presidente Donald Trump, de que ainda "não estaria pronto" para fazer um acordo e que a violência contra os manifestantes tornaria "mais difícil" chegar a um pacto com Pequim.

Além disso, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, confirmou hoje que o governo renovará por 90 dias a licença que autoriza companhias americanas a vender componentes tecnológicos para a gigante tecnológica Huawei, atualmente sob sanção no país americano.

A China, por sua vez, anunciou uma reforma na taxa de juros com o intuito de baratear o financiamento para empresas impactadas pela desaceleração econômica, como informado no sábado pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês). Entre as medidas previstas estão a criação de uma taxa de juros de cinco anos e a expansão da lista de credores usada como referência para calcular a taxa básica.

Ainda no final de semana, o campo petrolífero de Shaybah, um dos maiores da Arábia Saudita, foi atacado por rebeldes houthis, do Iêmen, que são apoiados pelo Irã. Embora a Saudi Aramco tenha informado que a produção não foi afetada, analistas do ING acreditam que o atentado tenha contribuído para elevar os preços do petróleo no início desta semana. / Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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