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Petróleo sobe após mudanças em tarifas dos EUA à China

13 ago 2019 - 17h47
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira em alta, reagindo à decisão dos Estados Unidos de isentar alguns produtos das tarifas impostas à China e de adiar a sua aplicação a outros bens. Ao mesmo tempo, o Ministério do Comércio da China (MofCom) informou que as negociações entre os dois países estão ativas e que devem continuam nas próximas duas semanas, indicando melhora no ambiente de negociações entre as duas maiores economias do mundo.

O petróleo do tipo WTI para entrega em setembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 3,95%, a US$ 57,10 o barril. Já o petróleo Brent para outubro, comercializado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 4,66%, a US$ 61,30 o barril, retomando o patamar de US$ 60 por barril.

O Escritório do Representante Comercial (USTR, em inglês) dos EUA divulgou comunicado informando que alguns produtos serão removidos da lista de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em bens importados chineses, prevista para entrar em vigor a partir de 1º de setembro. Além disso, o órgão informou que a tarifação sobre eletrônicos, como celulares e computadores, será adiada para 15 de dezembro.

Ajudou na percepção de que as duas maiores economias do mundo caminham rumo a um acordo comercial a notícia de que o vice-premiê do país, Liu He, conversou com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. "As duas partes concordaram sobre fazer um novo telefonema nas próximas duas semanas", diz um comunicado do Ministério do Comércio da China (MofCom).

O cenário renovou o apetite por risco, o que favoreceu o petróleo. Após a veiculação das notícias que sugerem uma aproximação entre EUA e China, inverteu-se a tendência de baixa verificada nos contratos de petróleo no início do pregão. Uma amenização nas tensões entre as duas maiores potências do mundo pode se traduzir em efeitos menos acentuados sobre a desaceleração das economia global.

No entanto, analistas do ING Group alertam que os investidores não devem "ser levados pelo otimismo" do dia. A ideia é seguida por Tyler Richey, coeditor da Sevens Report Research. "Olhando para o futuro, as perspectivas para o petróleo permanecem neutras, na melhor das hipóteses", diz o analista. / Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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