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Petróleo recua após atividade industrial dos EUA cair ao menor nível desde 2009

1 out 2019 - 16h11
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira em queda, reagindo à divulgação do índice de atividade industrial dos Estados Unidos, que caiu ao nível mais baixo desde junho de 2009, levantando temores em relação à demanda pela commodity energética.

O petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,83%, a US$ 53,62 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para dezembro caiu 0,60%, a US$ 58,89 o barril.

O índice de atividade industrial dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 49,1 em agosto para 47,8 em setembro, a leitura mais baixa desde junho de 2009. O resultado frustrou as expectativas de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta a 50,1. A marcação abaixo de 50 pontos indica contração da indústria.

A divulgação do indicador gerou aversão a risco nos mercados internacionais, inclusive entre os investidores de petróleo, diante dos temores de que a contração na indústria possa significar queda na demanda pela commodity energética. "A cautela retornou aos mercados em meio aos dados industriais fracos nos EUA", destaca o BBVA, em relatório divulgado a clientes.

A leitura feita pelo ISM também reacendeu o alerta entre investidores em relação a possíveis impactos da guerra comercial na desaceleração das economias do mundo. "Os executivos do setor industrial estão morrendo de medo de que a guerra comercial vá esmagar suas exportações", diz Chris Rupkey, do MUFG. "Não poderia ser mais irônico que as tarifas comerciais, feitas para trazer fábricas do exterior de volta ao país, estejam prejudicando a produção de indústrias aqui nos EUA", completa.

Antes do anúncio do índice de atividade industrial americano, os contratos futuros de petróleo apresentavam alta.

Ainda nesta terça-feira, o governo do Equador anunciou que deixará a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 1º de janeiro de 2020, atribuindo a decisão à necessidade de cortes de gastos públicos. No entanto, o país afirmou que continuará a apoiar os esforços para estabilizar o mercado petrolífero mundial.

Estadão
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