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Petróleo opera sem direção única antes de dados do DoE e de olho em Trump

5 jul 2018 - 09h45
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Os preços do petróleo operam sem direção única nesta quinta-feira, 5, com os investidores no aguardo pelos dados de estoques no Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), depois que o American Petroleum Institute (API) - uma associação de refinarias - divulgou na terça-feira queda acentuada nos estoques. Às 9h11 (de Brasília), o barril do petróleo tipo Brent para setembro recuava 0,10% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 78,16, mas o do WTI para agosto subia 0,15% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 74,25. O DoE publica hoje às 12h (de Brasília) o levantamento oficial sobre estoques americanos, que inclui também números de produção. A previsão é de queda de 3,9 milhões de barris na semana encerrada em 29 de junho, após queda de 9,891 milhões na semana anterior. Para os estoques de gasolina, a estimativa é de baixa de 200 mil. No fim da tarde de terça-feira, a associação de refinarias conhecida como American Petroleum Institute estimou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve queda de 4,5 milhões de barris na última semana. Além disso, o API apontou reduções nos estoques de gasolina e de destilados, de 3 milhões e 400 mil barris, respectivamente. Além disso, o mercado monitora também comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, que ontem escreveu em seu Twitter que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tem feito pouco, ordenando para que o cartel "Reduza o preço agora!" A declaração é uma das várias que Trump fez recentemente, na tentativa de influenciar o cartel a aumentar a produção. Os preços do petróleo subiram 0,58% nos últimos sete dias devido a cortes de oferta em países como Venezuela, Líbia e Canadá. Os EUA se preparam para impor novamente sanções ao Irã, juntamente com mensagens confusas sobre quando Washington espera que os países eliminem suas compras de petróleo iraniano, o que tem elevado os preços. Os analistas estimam que as sanções dos EUA eliminariam cerca de 2,5 milhões de barris por dia do mercado. "Não ocorre ao presidente dos EUA que é o próprio Trump quem está elevando os preços através de sua política para o Irã. Trump quer que todos os países reduzam suas importações de petróleo do Irã para zero", disseram analistas do Commerzbank em nota recente. Analistas de mercado dizem que os membros da OPEP têm petróleo suficiente para compensar as interrupções do Irã, mas não possuem capacidade ociosa suficiente para colocar barris adicionais no mercado, se houver cortes de fornecimento em outros lugares. Enquanto isso, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, ameaça bloquear as remessas de petróleo no Estreito de Hormuz se os EUA avançassem com seu bloqueio econômico a Teerã. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão
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