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Petróleo fecha sem direção única diante de temores com demanda global

25 mar 2019 - 16h05
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Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira, 25, sem sinal único, após apresentarem perdas expressivas no fim da semana passada diante de temores com a economia mundial, que alimentaram o nervosismo com o menor consumo de combustível.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em maio fechou em queda de 0,37%, cotado a US$ 58,82 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para entrega no mesmo mês avançou 0,26%, para US$ 67,21.

Uma série de dados de manufatura fracos em todo o mundo e preocupações com as tensões comerciais entre Estados Unidos e China pesaram sobre as ações e sobre as commodities na sexta-feira - uma pressão que se manteve sobre os preços do petróleo nesta segunda.

Além disso, os investidores continuaram atentos aos sinais emitidos pela curva de rendimentos dos títulos públicos americanos, tendo em vista que o spread entre os yields de curtíssimo prazo (três meses) e de longo prazo (dez anos) se tornou negativo pela primeira vez desde 2007, o que suscita temores de uma contração na economia americana em breve.

"As preocupações em torno de uma desaceleração econômica voltaram ao radar na semana passada em meio a uma enxurrada de dados negativos", disse o analista Stephen Brennock, da corretora PVM Oil Associates. "Enquanto isso, aumenta o mal-estar com o impasse comercial entre EUA e China", adicionou o economista. Nesta semana, líderes americanos e chineses devem se reunir em Pequim, enquanto as negociações comerciais têm continuidade. Alguns analistas continuam otimista de que um acordo entre as duas maiores economias do mundo poderia impulsionar as perspectivas de crescimento global e apoiar os preços das commodities.

Apesar dos temores com a demanda por petróleo, sinais de desaceleração do crescimento da oferta em solo americano e em outros produtores-chave ajudaram o petróleo a evitar as fortes quedas nos preços vistas no quarto trimestre de 2018. Na sexta-feira, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu nove na semana passada, para 824, o menor nível desde abril de 2018. O indicador é visto como uma métrica importante de atividade no setor.

De acordo com estrategistas do Commerzbank, a produção de petróleo segue a atividade de perfuração após um atraso de dois a três meses, "o que sugere que a produção de óleo dos EUA mostrará menor impulso nos próximos meses". Ao mesmo tempo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continua com o aperto no fornecimento da commodity. "A Arábia Saudita reduziu ainda mais sua produção e, por isso, pesquisas devem confirmar que o cartel continuou a produzir menos que o estipulado no acordo de corte de produção". (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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